A Marcha da Maconha de 2017 reuniu milhares não só em São Paulo – que realizou uma marcha com pelo menos cem mil presentes – mas em todo o país. Todos foram às ruas pelo fim da guerra às drogas e em defesa da (urgente) legalização. No dia 6 de maio, a Marcha da Maconha saiu às ruas com o lema “Quebrar correntes, plantar sementes”.

Além dos defensores da maconha para fins recreativos, a Marcha aglutinou também pessoas que necessitam da erva para algum tipo de tratamento médico. Pais e mães com seus filhos em cadeiras de rodas marcaram presença no dia de luta pela legazição do uso da maconha nas variadas marchas do Brasil.

Dois dias depois a ação nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma medida que torna a Cannabis Sativa oficialmente uma planta medicinal. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 156, publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de maio, incluiu a erva na Farmacopeia Brasileira, código oficial farmacêutico do Brasil.

O reconhecimento da maconha como planta medicinal não é nenhuma novidade. Porque a primeira edição da Farmacopeia, que lista os vegetais com propriedades terapêuticas conhecidas, foi publicada em 1929 e a maconha já estava lá. Em 1938, a erva foi proibida pela primeira vez no Brasil, e, logo depois, a espécie foi removida da lista.

Em 2015, como resultado da pesquisa de sua pesquisa, a Fundação Perseu Abramo publicou o livro “Drogas no Brasil: entre a saúde e a Justiça – Proximidades e opiniões”. Organizada por Vilma Bokany, a publicação oferece vários aspectos do debate sobre as drogas no Brasil, incluindo artigos sobre uso medicinal da maconha, as percepções dos brasileiros sobre o uso de drogas e os debates no Congresso Nacional. Conheça a publicação aqui.

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