Lançado em 10 de maio deste ano, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) apontou para existência de desigualdade entre negros e brancos no Brasil, mostrando a necessidade de políticas públicas específicas. Esta é uma das constatações do relatório “Desenvolvimento Humano para além das médias: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal por cor, sexo e situação de domicílio”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pela Fundação João Pinheiro e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Em 2010, o IDHM da população negra era 0,679, enquanto o IDHM da população branca chegou a 0,777 – ou seja, o índice dos brancos foi 14,4% superior ao dos negros. Apesar das disparidades permanecerem, o Brasil vem reduzindo a desigualdade de raça/cor na última década: IDHM brasileiro cresceu a uma média anual de 2,5% para a população negra e 1,4% para a população branca no período 2000-2010.

Do ponto de vista regional, em 2010, o relatório do Ipea destaca que as menores diferenças percentuais entre IDHM para negros e brancos encontravam-se no Amapá (8,2%), Rondônia (8,5%) e Sergipe (8,6%). No mesmo período, as maiores diferenças percentuais detectadas entre o índice da população branca e da população negra foram observadas no Rio Grande do Sul (13,9%), Maranhão (13,9%) e Rio de Janeiro (13,4%).

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