Mesmo com o circo midiático armado pelos ativistas judiciais que lideram a Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou a força de sua liderança política durante e após o seu depoimento em Curitiba. Nele, Lula foi capaz de demonstrar as fragilidades e a ausência de provas das acusações.

Em seu depoimento, Lula foi questionado por fatos alheios ao processo, o que causou reação imediata de seus advogados de defesa. Moro chegou a perguntar a ele Lula sobre julgamentos do Supremo Tribunal Federal, como o do mensalão, e atos de seu governo. Segundo o advogado de defesa, Cristiano Zanin Martins, isso demontra que “está em discussão não o triplex, mas o governo do ex-presidente Lula, eleito democraticamente”.

Segundo o próprio Sergio Moro, em artigo escrito em 2004 sobre a operação italiana denominada Mãos Limpas, “a opinião pública, como ilustra o exemplo italiano, é também essencial para o êxito da ação judicial”. Lula demonstrou tal papel da imprensa em sua perseguição, elencando durante o depoimento o enquadramento dado pelos grandes meios de comunicação na tentativa de demonizá-lo e declará-lo culpado antes do julgamento, lembrando a Moro que o juiz foi o responsável por conversas de Dona Marisa com seus filhos serem expostas em pleno Jornal Nacional. Tal estratégia da Lava Jato é calculada e essencial para que a Operação atinja seus fins políticos, ao passo que a imprensa toma para si o papel de manipular a opinião pública.

Para prestar solidariedade a Lula e defender a democracia, o campo democrático popular levou cinquenta mil pessoas de todo o país a Curitiba. Após o depoimento, o ex-presidente discursou no ato e se disse emocionado pelo apoio dado pelos movimentos sociais e pelo povo ali presente. Segundo Lula, entre todas as manifestações das quais já participou, aquela foi a mais gratificante. No ato, assim como durante o depoimento, Lula afirmou sua disposição para ser candidato à presidência da República em 2018.

Após o ocorrido na última quarta-feira, Lula sai ainda maior no cenário nacional, demonstrando que é a principal liderança política do país e que deve ser o responsável por conduzir um projeto nacional de desenvolvimento inclusivo que reverta o golpe, causa esta pela qual seus opositores o perseguem e sempre o perseguiram.

O fortalecimento de Lula após o depoimento tende a potencializar a assimilação de tal fato pelo povo brasileiro, ampliando sua tendência de crescimento nas pesquisas que já o colocam como principal candidato às eleições presidenciais de 2018. Luiz Inácio Lula da Silva de fato demonstra, como dito por ele mesmo, que “se a elite brasileira não tem competência para consertar esse país, o metalúrgico de quarto ano primário tem”.

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