CSBH em Notas – nº 06 (agosto de 2008)
CSBH em Notas – nº 06 (agosto de 2008)
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Centro Sérgio Buarque de Holanda. Agosto de 2008. Número 06.
CSBH EM NOTAS
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Informativo mensal do Centro Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Perseu Abramo voltado ao público interessado na história recente da esquerda e na memória do Partido dos Trabalhadores.
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LEITURAS
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Florestan Fernandes. O PT em movimento: contribuição ao I Congresso do Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Autores Associados, 1991.
Composto por duas teses, “Fundamentos de um Programa para o PT” e “Os dilemas de organização”, o texto de Florestan Fernandes constituiu uma reflexão sobre o partido por ocasião do seu primeiro congresso. Florestan ressalta que o PT nasceu num momento histórico no qual não existia um partido “dos de baixo” que atuasse na criação da democracia e conferisse peso aos trabalhadores. A partir disso, faz um debate profundo ligando as origens do partido ao contexto da queda do muro de Berlim e ao marxismo.
Aldo Rebelo. No olho do furacão: Luiza Erundina, a campanha e a vitória. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1989.
O livro narra a campanha de Luiza Erundina para a prefeitura de São Paulo em 1988 pela coligação Partidos do Povo (PT, PCB e PC do B) na visão de Aldo Rebelo em seu diário de campanha.
O autor relata o decorrer da campanha, no início tímida, mas que fez juz à dedicação e ao contato direto com a população ao se tornar vitoriosa nas urnas de 1988.
A eleição, mais que uma vitória, significou uma ação concreta de demostração da vontade popular em relação ao combate da opressão e a conquista da liberdade. Para Luiza Erundina, “A vitória de 15 de novembro não é de 15 de novembro. É fruto de um combate permanente, sem tréguas. Surge da vocação maior de mulheres e homens de lutar pela conquista de sua libertação.”
Raul Pont. A Estrela Necessária. Porto Alegre: Veraz, 2002. 244p
O ano de 2002 é marcado pela reviravolta da esquerda diante da eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Neste espírito, o livro de Raul Pont relembra os anos atribulados de ditadura militar e como as idéias formuladas e reformuladas diante os anos em que elas nem podiam ser idéias começam a florir nas administrações com o perfil da esquerda, no caso a cidade de Porto Alegre. Neste contexto, o livro traz os textos de Raul Pont, destacado militante político deste período que realiza, na primeira parte, entrevistas com Dilma Rousseff, Miguel Rosseto e Flávio Koutzii para uma pequena conversa sobre os anos de chumbo: as amarguras, os ganhos e a difícil trajetória dos militantes por um mundo melhor. Pont ainda apresenta textos referentes ao seu trabalho na cidade de Porto Alegre (Experiências de Democracia Participativa) e sobre o Partido dos Trabalhadores (Programa e Construção Partidária), que revelam as experiências e as idéias que a militância lhe impôs e que ele aplicou com a experiência do poder.
Aloisio Ruscheinsky. Movimento de moradias e Partido dos Trabalhadores. Tese de doutorado, FFLCH/USP, 1996. 301 p.
“O intuito fundamental é estabelecer uma análise das relações entre Movimento de Moradia e Partido dos Trabalhadores em São Paulo, como um passo significativo onde o primeiro envolve-se com a institucionalidade e o segundo abre-se como expressão de interesses populares junto à esfera política. Ao longo dos anos 80 confirma-se como uma constante a presença do partido em manifestações públicos promovidas por setores organizados no intento de implementar direitos propostos. Nesta convivência se confirma uma dupla militância, que ultrapassa o grupo com crescente espaço que pode ser denominado de ‘movimentos orgânicos’ dentro do PT. O destaque desta proximidade quanto ao Movimento de Moradia se refere a uma perspectiva positiva, desembocando no debate sobre as alternativas partidárias e no empenho por consolidar uma representação política. A relação apresenta-se positiva para o PT na medida em que se expandem seus quadros e grupos organizados articulam candidaturas, para o movimento influi ao ampliar e ao colocar em prática objetivos com os respectivos resultados e ao expandir no espaço e consolidar perseverança no tempo. Como um impulso histórico a relação entre os dois atores ressalta direitos sociais para atingirem o patamar de debate público, associa a perspectiva da democracia com a da representação política como inerente à cidadania, assim como resultantes do relacionamento são testados pela afirmação de relativizar a proximidade do Movimento de Moradia com a agenda do partido. A análise empreendida refuta a leitura do refluxo dos movimentos sociais”.
(Parizotti)
Lula participa de comício com operários em São Bernardo do Campo
(Arnaldo Alves)
Manifestantes em ato público no teatro Santa Isabel em Recife
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MEMÓRIA COLETIVA
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Lucélia Santos, Florestan Fernandes e Aurélio, segurança de Lula, estão no palanque durante comício da campanha eleitoral de 1989, na Praça da Sé em São Paulo. Eles foram identificados pelo leitor Mauro Cunha Batista de Deus que levou como prêmio por sua contribuição um exemplar da revista Perseu: História, Memória e Política.
(Ricardo Giraldez/Central Fotojornalismo)
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Dessa vez, queremos saber: quem estava nessa reunião do Movimento Pró-PT em Osasco, em 1979?
 Expediente
Edição e Redação: Gláucia Fraccaro e Carlos Menegozzo |