4.1 Saúde
4.2 Acessibilidades
4.3 Educação, formação e informação
4.4 Aposentadoria, tempo livre, lazer e atividades físicas


4.1 Saúde

  • A grande maioria dos idosos (84%) nunca se sentiu maltratada ou discriminada ao necessitar tratar da saúde, mas 12% dizem que sim, embora apenas 4% aleguem que isso ocorreu por causa de sua idade, enquanto 8% acham que não foi por esta razão.
  • Em média os idosos foram a uma consulta médica pela última vez há cerca de 11 meses. As idosas fazem consultas mais freqüentes ao médico – fizeram a última há 7 meses e meio, em média, enquanto os homens fizeram sua última consulta há 16 meses e meio.
  • Metade dos idosos (51%) afirma nunca ter recebido visita de agentes de saúde e a grande maioria (88%) nunca recebeu visita de médicos do programa Saúde da Família. Entre os 48% que já foram visitados por agentes de saúde, metade (24%) recebe visitas regulares de agentes de saúde, enquanto visitas regulares de médicos do Programa só alcançam 3% dos idosos.
  • A grande maioria dos idosos possui alguma doença (81%), tendo-se reportado 16 enfermidades que atingem pelo menos 5% da população idosa. Dentre elas a hipertensão atinge quase metade da população brasileira idosa (43%). Problemas de visão e de coluna são comuns a 26% e 23%, respectivamente, e 13% sofrem de diabetes, problemas cardíacos ou têm colesterol alto.
  • Para a maioria das doenças relatadas, a incidência é maior entre as mulheres – exceção para os problemas de vista, doenças cardíacas e colesterol alto, cuja incidência é semelhante à dos homens.
  • Entre os idosos que têm alguma doença, mais da metade avalia positivamente o atendimento recebido (54%), 12% avaliam como regular e 7% como negativo. A avaliação positiva do tratamento recebido é maior entre as mulheres (59%, contra 48% entre os homens).
  • Os serviços públicos de saúde são utilizados por 2/3 dos idosos (68%), outros 24% possuem convênio médico, ou plano particular de saúde, 11% costumam pagar médicos ou hospitais particulares, 7% afirmam recorrer a medicinas caseiras (9% das idosas) e 5% contam com os agentes comunitários de saúde.
  • A maioria dos idosos quando precisam de remédios paga para obtê-los (71%), metade deles (51%) procura gratuitamente nos postos de saúde. Cerca de um terço dos idosos afirma nunca encontrar remédios gratuitos quando procura, 25% dizem encontrar sempre, 20% de vez em quando e 14% raramente encontram.
  • Dos exames que deveriam ser rotineiros, apenas 11% das idosas fizeram os ginecológicos nos últimos 6 meses e 22% no último ano. Há ainda 26% que declararam nunca terem feito exames ginecológicos. Quanto aos homens, o índice dos que nunca fizeram exame de próstata é bem maior (42%); apenas 6% fizeram nos últimos 6 meses e 16% no último ano. E o teste de HIV nunca foi feito pela grande maioria dos idosos (86%)
  • A maior parte dos idosos (71%) costuma tomar vacinas nos postos de saúde e este índice é mais expressivo entre as mulheres (79%) e entre os de idade mais avançada (78% entre os homens de 80 anos ou mais e 80% entre as mulheres da mesma idade).

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4.2 Acessibilidades

  • Um terço da população idosa (35%) declarou que encontra dificuldade para andar nas ruas e calçadas das cidades onde vive, sobretudo em função de buracos (23%), mas também pela irregularidade das calçadas (9%), pela existência de degraus (5%) e em função de calçadas estreitas (5%). Em geral, as mulheres sentem mais dificuldade que os homens para transitar nas ruas das cidades onde vivem (40%, contra 29% entre os homens).
  • No acesso aos prédios públicos como bancos, shoppings e repartições públicas, 11% afirmam encontrar alguma dificuldade. O excesso de degraus e filas constitui as principais problemas (3%), bem como a falta de prioridade no atendimento aos idosos (2%).
  • Com os transportes públicos 21% dos idosos encontram dificuldades, o que corresponde a 1/4 da população idosa usuária, uma vez que 19% dos idosos afirmam não usar transporte público.
  • A altura dos degraus dos ônibus é a principal dificuldade apontada (8%), mais reclamada entre as mulheres (11%, contra 4% entre os homens) e variando de 9% entre as que possuem entre 60 e 69 anos a 16% entre as com 80 anos ou mais.
  • Outras dificuldades percebidas são o fato de os ônibus não pararem para os idosos e o mau atendimento que motoristas e cobradores dedicam aos idosos (5% cada).
  • Praticamente a totalidade dos idosos (94%) sabe que as pessoas a partir dos 65 anos têm direito de usar transporte público gratuitamente, no entanto somente metade deles (46%) faz uso deste benefício.

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4.3 Educação, formação e informação

  • No momento da coleta de dados, apenas 2% dos idosos estavam estudando (contra 22% da população entre 16 e 59), mas se pudessem escolher livremente, 44% gostariam de fazer algum curso. Entre os cursos preferidos, os que fazem parte de educação formal são os mais mencionados (16%), mas há demanda também para cursos de informática (6%), além de cursos de tricô, crochê e bordado (7%), entre muitos outros.
  • Dois terços dos idosos (65%) e dos não idosos (65%) utilizam a TV como principal meio de informação e obtenção de conhecimento. A leitura de revistas e jornais, bem como a de livros, estão mais presentes entre os não idosos (55% a 30%, e 31% a 26%, respectivamente), enquanto que o rádio (26% a 31%) e sobretudo a conversa com outras pessoas são meios privilegiados pelos idosos (32% a 39%).
  • Embora quase a totalidade da população idosa afirme já ter visto um computador (90%, contra 98% dos não idosos), apenas 10% costumam utilizar computador sempre (3%) ou ao menos eventualmente (7%) – ao passo que a maioria dos não idosos (55%) usa computador sempre (24%) ou de vez em quando (31%).
  • Em relação à Internet ocorre algo semelhante: a maioria da população idosa afirma saber o que é (64%, contra 92% dos não idosos), mas apenas 4% costumam navegar na rede sempre (1%) ou ao menos eventualmente (3%) – enquanto quase metade dos não idosos (45%) usa a Internet sempre (21%) ou de vez em quando (24%).
  • Afirmam ter interesse por computador quase 1/3 terço dos idosos (29%), e a Internet desperta o interesse de ¼ dos idosos (24%).

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4.4 Aposentadoria, tempo livre, lazer e atividades físicas

  • Entre os idosos que estão na PEA – População Economicamente Ativa (22%, sendo 11% já aposentados), apenas 5% está no mercado formal e a maior parte (15%) no informal, atuando principalmente de modo temporário, fazendo bicos (12%). Fora da PEA, 21% das idosas declaram-se donas-de-casa.
  • A realização de trabalho voluntário atinge um em cada dez idosos, sobretudo doações (3%). Visitas domiciliares de evangelização, ajuda em festas na comunidade, trabalhos de manutenção e reformas, serviços de costura e visita a doentes são outros dos trabalhos realizados voluntariamente pelos idosos (1%, cada).
  • Os idosos que exercem trabalho remunerado têm, em média, uma jornada de 37,16 h semanais, maior entre os homens – 37,20 h, do que entre as mulheres (31,13 h).
  • Quanto ao tempo de vida que dedicaram ao trabalho remunerado, a média foi de 39 anos e seis meses (sendo de 45 anos e 2 meses entre os homens e de 34 anos e 2 meses entre as mulheres), e chega a 46 anos e 11 meses entre os idosos com 80 anos ou mais, de ambos os sexos, e a 54 anos e 11 meses entre os homens mais velhos.
  • Dentre os que obtiveram aposentadoria por idade ou tempo de serviço (53% da população idosa), a maioria queria se aposentar (43%), mas 7% não tinham este desejo no momento em que aposentaram.
  • Para 3/4 dos idosos foi fácil se adaptar à nova rotina de aposentado (76%), mas 23% tiveram dificuldade, pois sentem falta da rotina de trabalho, da movimentação do dia-a-dia e de terem que ficar em casa parados, sem terem o que fazer (14%), antes mesmo das dificuldades com a queda da renda (apontada por 5%).
  • A quase totalidade dos que se aposentaram (95%) não recebeu nenhum tipo de preparo para se aposentar; 2% recebeu preparação por parte de empresas e 3% por parte do governos.
  • As principais sugestões espontâneas dos idosos para facilitar a adaptação à nova rotina de aposentado são a possibilidade de trabalhar, se assim o desejarem (16%), terem alguma atividade para ocupar o tempo e a mente (13%), terem um trabalho mais leve e adequado a sua idade (10%), manterem o salário para garantir o mesmo padrão de vida (8%), terem mais lazer (7%) ou uma atividade física (6%).
  • Entre as atividades de lazer mais realizadas, assistir TV é uma prática quase unânime entre os idosos brasileiros (93%). Ouvir rádio faz parte do lazer de 80% dos idosos e cuidar de plantas é prática de cerca de dois terços deles (63%) e mais realizada entre as mulheres (72%, contra 52% entre os homens). Cerca de metade dos idosos tem o hábito de ler (52%) e 43% cuidam de animais.
  • Outras atividades como cantar, jogar (dominó, cartas ou xadrez), ou mesmo as atividades manuais como bordado e tricô mobilizam ainda parcela razoável de idosos (23%, 19% e 16%, respectivamente), sendo a prática do canto e das atividades manuais acentuada entre as mulheres enquanto os jogos são mais praticados pelos homens.
  • Com relação às atividades físicas, a metade dos idosos brasileiros costuma fazer caminhada (51%), atividade mais praticada entre os homens (57%, contra 46% entre as mulheres).
  • Entre os 51% de idosos que costumam fazer caminhadas, a maior parte (22%) o faz todos os dias, 6% de 3 a 5 vezes por semana e 13% 1 ou 2 vezes por semana. Os homens praticam caminhada diariamente duas vezes mais que as mulheres (30%, contra 15%). E entre ambos, a prática da caminhada diminui conforme aumenta a idade.
  • O alongamento faz parte das atividades físicas de 12% dos idosos, 9% andam de bicicleta e 8% fazem ginástica. As mulheres praticam o alongamento um pouco mais do que os homens (14%, contra 9%) e entre os homens idosos 18% têm o hábito de andar de bicicleta, enquanto só 2% das mulheres idosas têm essa prática.
  • Cerca de um terço dos idosos conhece ou participa de algum grupo de idosos (36%), taxa que chega a 41% entre as mulheres e 30% entre os homens.
  • Os grupos religiosos são os que detém a maior taxa de conhecimento e de participação (15% e 9%, respectivamente). Os grupos de dança, embora tenham taxa de conhecimento semelhante (14%), têm baixa taxa de participação (3%), menor do que as alcançadas pelos grupos que se reúnem para fazer caminhada, para bate-papos e para fazer passeios (com taxas de conhecimento de 12%, 11% e 11% e de participação de 7%, 5% e 4%, respectivamente). Para todos os tipos de grupos, a participação feminina é ligeiramente maior e tende a cair entre os que têm idade mais avançada.
  • Os grupos de idosos que se reúnem para a prática de alguma atividade física são conhecidos por 10% dos idosos, mas têm participação de somente 3%. 9% conhecem grupos de idosos que costuma fazer viagens e ir a bailes, o primeiro com participação de 4% e o segundo de 2%.
  • Grupos de música e de bordado e crochê são conhecidos por 7% dos idosos e este último é o que concentra a maior participação relativa das mulheres com 80 anos ou mais (10%).
  • Metade dos idosos (51%) acredita que atualmente tem mais possibilidades de lazer do que tinha antes de fazer 60 anos, 38% consideram que as alternativas de lazer atuais são menores e 11% que não houve mudança. Os que estão na faixa entre 60 e 69 anos são os que mais vêm maiores possibilidades de lazer após os 60 anos, enquanto os que possuem 80 anos ou mais são os que mais acreditam que as possibilidades de lazer após os 60 anos são menores.
  • O benefício de desconto de 50% na entrada de cinemas, teatros e espetáculos musicais para pessoas que possuem 60 anos ou mais é do conhecimento de metade dos idosos brasileiros (52%), mas somente 12% já utilizaram esse benefício. Os homens com idade mais avançada são os que mais o desconhecem (72%) e as idosas utilizam esse direito mais do que os homens (14%, contra 9%).


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capítulo 7 – Tempo livre e lazer

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