A educação que queremos

No Brasil que os petistas querem toda a juventude estudará em escolas públicas e gratuitas da melhor qualidade. Os professores da educação básica serão valorizados. Todo o povo trabalhador terá acesso às bibliotecas, museus, internet, centros culturais, enfim, a vida de todos se tornará uma espécie de extensão universitária onde todos poderão aprender e ensinar continuamente, durante toda a vida. Fica até difícil de imaginar plenamente como isso seria, porque estamos habituados a pensar educação desde que nascemos e dede as gerações anteriores com uma perspectiva sob o sistema capitalista. Mas o Brasil que os petistas querem é socialista! A condução política dos destinos no Brasil não estará mais nas mãos da burguesia e seus políticos profissionais. Não haverá mais essa falsa democracia que temos no parlamento em Brasília! O povo trabalhador do campo e da cidade controlará democraticamente toda a sociedade elegendo diretamente seus representantes em grandes assembléias populares. Estes representantes serão revogáveis a qualquer momento e estarão em permanente aliança com os explorados e oprimidos dos outros países em todo o mundo.

No Brasil que os petistas querem e que a classe trabalhadora necessita, os bancos e o sistema financeiro, as grandes empresas nacionais e multinacionais, serão estatais e sob controle dos próprios trabalhadores que, organizados de forma democrática e independente, centralizarão seus esforços para planificar toda a economia e colocá-la a serviço da maioria do povo. Só assim a educação deixará de ser mercadoria e poderá servir aos interesses de desenvolvimento da sociedade!

Foi para isso que o PT nasceu. E pra isso elegemos Lula! Mas não há como aprovar um projeto para educação que sirva aos interesses dos trabalhadores se o Governo cada vez mais anda de mãos dadas com os partidos capitalistas! È por isso que todos os projetos do Governo (Fundeb, ProUni, PAC-Educação, Reforma Universitária, etc.) têm o apoio da direita! São projetos que, às vezes até podem ajudar um número muito pequeno de pessoas, mas sem mudar a atual ordem das coisas e beneficiando ainda mais os empresários da educação.

Sabemos que a história de todas as sociedades sempre foi a história da luta de classes, da luta dos oprimidos contra seus opressores. Por isso não haverá avanço se não começarmos por romper o Governo de Coalizão de nosso partido com os partidos do capital (PMDB, PP, PL, PTB e outros) e constituirmos um governo dos trabalhadores para “destravar” verdadeiramente o Brasil das amarras do capitalismo e caminhar para o socialismo.

Na educação isso passaria por projetos que começassem por ampliar o orçamento para a educação básica; instituir um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação de acordo com o índice calculado pelo Dieese; ampliar as vagas nas Universidades Públicas; Estatizar as Universidades Pagas (a começar pelas que estão com dificuldades e dívidas com o BNDES); uma Lei que obrigue a redução das mensalidades nas Universidades Pagas imediatamente (com garantia de matrícula aos estudantes inadimplentes). Ou seja, uma ofensiva rumo ao fim do ensino pago e fortalecimento da educação pública em todos os níveis! Dinheiro para isso existe, mas nosso Governo precisa decidir parar de enviá-lo aos banqueiros nacionais e internacionais sob forma de pagamento da Dívida Pública e usá-lo para o povo trabalhador que o elegeu! Pra isso o Partido tem que levar o povo pra rua!

*Caio Dezorzi é professor, membro eleito do DZ PT Mooca / São Paulo/SP – O Trabalho (MAIORIA), Corrente do PT
*Artigo enviado em 27 de março de 2007
`