Banco do Brasil e o PAC – Novas Estratégias

Ainda é baixo o nível de articulação entre as diversas áreas estratégicas do Banco do Brasil e predatória a competição entre vice-presidências e diretorias, prejudicando a GOVERNANÇA CORPORATIVA, fundamental para o BB atingir melhores índices de eficácia, como banco de governo, e de eficiência empresarial.

Maior integração de uma empresa com o potencial do BB viabilizará sua atuação no processo de desenvolvimento econômico e social do País.

O BB deverá, portanto, redefinir suas estratégias para cumprir objetivos segundo as prioridades contidas no PAC.

1 – BB – REGULADOR DO SISTEMA FINANCEIRO – O Banco do Brasil na condição de banco oficial tem como tarefas principais: praticar spreads mais baixos do que a rede bancária, sem prejuízo da compatibilização da eficiência empresarial (gestão, escala, lucratividade, etc.), da eficácia como instrumento estratégico de governo e de funções inerentes a um BUC (Banco Universal Contemporâneo) ou Conglomerado Financeiro;

2 – BB – PPEE – O Banco do Brasil reúne plenas condições para efetivar parcerias em planejamento e estratégias empresariais (BB-PPEE), mediante a constituição de fundos setoriais, intersetoriais e regionais com gestão compartilhada com aplicadores de recursos financeiros, usuários dos fundos ou tomadores de recursos;

3 – BB – INFRA-ESTRUTURA – O BB deve participar ativamente de projetos de infra-estrutura seja através da estruturação de complexas operações de criação de Sociedade para Propósitos Específicos e financiamento de Project Finance, seja criando fundos mútuos de investimentos específicos para setores de infra-estrutura (energia, logística, etc.);

4 – BB – DIFUSOR DE INOVAÇÕES – O BB pode elaborar catálogos de invenções e de inovações tecnológicas em conjunto com CNPQ/FINEP/FUNTEC (BNDES)/FAPEMIG/FAPESP/ETC, visando utilizar sua extensa rede de agências para orientar seus clientes através de suas linhas de crédito;

5 – BB – TRADING – Cabe ao BB tomar a iniciativa de criar uma moderna trading, em parceria com o BNDES, com empresas de engenharia, com a Petrobras, com a VALE e com outras exportadoras – uma TRADING capaz de maximizar exportações intersetoriais;

6 – BB – VENTURES CAPITAL – Estruturação de parcerias com o BNDES e fundos de pensão visando dinamizar ventures capital. Com o objetivo de viabilizar empreendimentos de alta tecnologia (novos materiais, nanotecnologia, microeletrônica, informática, biotecnologia, biocombustíveis, minérios industriais, terras raras, etc.);

7 – BB – INCLUSÃO SOCIAL – Integrar as atividades da FBB (Fundação Banco do Brasil), com a área de DRS (Desenvolvimento Regional Sustentado) e com o BB-Escolar em um setor capaz de complementar programas de governos: federal, estaduais e municipais voltados para a inclusão social; para projetos empresariais de responsabilidade sócio-ambiental; para a promoção de agricultura de baixa renda;

Economista – Doutor pelo IE-UFRJ, ex-Diretor da Fundação João Pinheiro (MG), ex-Vice-Presidente da Acesita, ex-Superintendente de Investimentos do Banco do Brasil, autor dos livros: “O Banco Universal Contemporâneo” – Editora Insight, Rio de Janeiro, 1996; “A Dualidade Contemporânea no Brasil” – Editora ABDE, setembro de 2006; e artigos publicados no Brasil e no exterior.

*Artigo enviado em 24 de janeiro de 2007
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