Presidenta enfatizou que candidatura do ex-presidente Lula, líder nas intenções de voto, é vital para o futuro do país

Por Igor Rocha e Matheus Toledo

A presidenta do conselho curador da Fundação Perseu Abramo, Dilma Rousseff, participou em 11 de março do Festival Internacional de Filmes de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça. Recebida por autoridades do país, ela fez uma autocrítica sobre sua política econômica quando era presidenta da República e declarações sobre as acusações da Operação Lava-Jato, além de defender a candidatura de Lula para presidente em 2018.

Dilma pontuou, ao falar sobre as desonerações no primeiro mandato, que a redução dos impostos não se converteu em novos investimentos, tal como era o objetivo desta política. Na realidade, as empresas apenas ampliaram as suas margens de lucro. Entre 2011 e 2015, o Estado brasileiro renunciou a cerca de R$ 500 bilhões em receitas. As chamadas desonerações foram implementadas com o intuito de que a queda do custo advindo da renúncia tributária, por parte do governo, se convertessem em mais investimentos.

A presidenta também enfatizou que quando as denúncias de caixa 2 chegaram aos outros partidos, o tema passou a ser tratado como algo inofensivo por parte de alguns. Dilma rebateu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, que declarou que nem sempre o caixa dois é fruto de corrupção, na mesma semana em que diversos membros do PSDB foram delatados como beneficiários de tal modelo, ilegal, de doações de campanha. Segundo a presidenta, não há como evitar que o PSDB seja envolvido nas investigações.

Ao falar sobre as eleições de 2018, Dilma enfatizou que a candidatura do ex-presidente Lula, líder nas intenções de voto, é vital para o futuro do país. Em Genebra, também afirmou que há a possibilidade de a próxima fase do golpe tentar inviabilizar a candidatura de Lula. A presidenta afirmou que a campanha já começou e se disse disposta a assegurar que o povo se reencontre com a democracia, após o golpe que impôs o governo do presidente ilegítimo Michel Temer.

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