Movimentos sindical e social realizam plenária na Câmara de Vereadores de São Paulo, no dia 4 de novembro

Por Leonardo Severo | SRI • publicado na CUT Nacional

No marco da Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo, movimentos sindicais e sociais realizarão uma plenária, no dia 4 de novembro (sexta-feira), na Câmara Municipal de São Paulo.

“A ideia é reunir um somatório de energias e experiências para que consigamos dar uma resposta dos povos a este modelo excludente de concentração de riqueza e poder”, afirmou Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que participou desde Havana da construção da jornada.

Para confrontar a restauração conservadora em curso no continente, avaliou Lisboa, “necessitamos ir fundo na denúncia ao neoliberalismo, precisamos demonstrar como uma economia a serviço dos monopólios, das corporações transnacionais e do sistema financeiro representa a contramão do desenvolvimento, da geração de empregos, do salário digno e dos direitos sociais e trabalhistas”. Ao fragilizar e desmontar a estrutura do Estado com os Tratados de Livre Comércio (TLCs), os cortes nos investimentos produtivos e nos recursos das áreas sociais, frisou, “as medidas colocam uma pá de cal na soberania e em qualquer perspectiva de integração, uma vez que nossas economias passam a ser reduzidas a mero apêndice dos interesses externos, aumentando a superexploração da classe trabalhadora”.

Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo

Na avaliação de Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, “a plenária será uma caixa de ressonância para impulsionar a formação e a mobilização da militância, um encontro em que dialogaremos os próximos passos da resistência ao retrocesso e a afirmação dos valores democráticos”. No caso do Brasil, exemplificou, “existem temas urgentes como a luta contra a PEC 241, proposta pelo governo Temer, que quer proibir o aumento real dos investimentos e dos gastos públicos por 20 anos em todo o país, colocando o Estado inteiramente a serviço do pagamento de juros ao sistema financeiro”.

Na última sexta-feira (21), centenas de lideranças sindicais do campo e da cidade, mulheres e jovens se reuniram na cidade argentina de Porto Iguaçu, no Seminário de preparação da jornada. De forma unitária, dirigentes argentinos, brasileiros, paraguaios e uruguaios reafirmaram “a luta pela democracia, contra o principal mecanismo do neoliberalismo, que são os tratados de livre comércio, e seus agentes,  as transnacionais”.

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