Além dos maiores índices de desemprego, mulheres ainda enfrentam problemas quanto à qualidade do emprego
Ano 4 – nº 303 – 26 de abril de 2016
OIT: desigualdade de gênero no mercado de trabalho global
Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) analisa os obstáculos enfrentados pelas mulheres para o acesso ao trabalho decente no mundo, considerando em especial a desigualdade entre homens e mulheres. Percebe-se que muitos dos obstáculos enfrentados mundialmente se repetem no mercado de trabalho brasileiro.
Além dos maiores índices de desemprego, com o desemprego global masculino na casa de 5,5% e o feminino de 6,2%, as mulheres ainda enfrentam graves problemas quanto à sua inserção no mercado de trabalho e a qualidade do emprego obtido.
Ainda na distribuição do trabalho doméstico não pago, os dados da OIT mostram que as mulheres estão mais sujeitas a trabalhar menos horas pagas e mais horas de trabalho doméstico não remunerado em casa (cerca de 1,5 mais horas do que os homens). Mudanças nessa desigualdade ocorreram pela redução de tempo gasto com trabalho doméstico pelas mulheres, sem redução, no entanto, no tempo gasto com filhos. Mas as mulheres continuam a trabalhar mais horas por dia do que os homens, se considerada a jornada paga e a não paga, como mostra o gráfico abaixo.
Tempo gasto com trabalho pago e não pago para pessoas empregadas por sexo; 23 países desenvolvidos e 23 países em desenvolvimento (último ano disponível)
Segundo o estudo da OIT, levaria setenta anos para que se feche a desigualdade salarial de gênero em termos globais, que é estimada em 23% (ou as mulheres recebem em torno de 77% do salário masculino) e não pode ser explicada somente por educação ou idade.
Apesar dos recentes avanços na educação (em muitos países as mulheres já são maioria nas universidades) as mulheres enfrentam múltiplas barreiras para o acesso igualitário. Para uma mudança substantiva deste quadro, o estudo recomenda que as sociedades reconheçam que homens e mulheres têm direitos e responsabilidades quanto ao trabalho e cuidado, com o apoio do Estado e de políticas públicas.
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de sua autora, não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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