É desejável alterar a política econômica a favor do emprego, da renda e do crescimento

Ano 4 – nº 24 – 05 de abril de 2016

“Abandono” do ajuste fiscal e mercado de trabalho

Têm sido discutido nas Notas de Conjuntura os efeitos do ajuste fiscal adotado a partir de 2015 nos indicadores econômicos, em especial seu impacto no crescimento, no emprego e na renda.

No quesito mercado de trabalho em especial, o Brasil viveu nos anos 2000 um período de reestruturação, com queda da informalidade, do desemprego, melhoria sustentada da renda média do trabalhador. No entanto, o ano de 2015 marcou uma inflexão nessa tendência: por exemplo, os anos de 2015 e 2016 viram aumentar os índices de desemprego e até a queda da renda média do trabalhador, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como já discutido em outras Notas FPA.

Assim, quando a grande mídia aponta que o governo estaria supostamente “abandonando o ajuste fiscal” e que isso seria um malefício, para além de verificar a veracidade da tal afirmação, é preciso problematizar também se o ajuste fiscal adotado até aqui, que representa corte de gastos em um contexto de recessão, não agrava a crise econômica e desfavorece a recuperação da renda e do emprego. Assim, é desejável alterar a política econômica a favor do emprego, da renda e do crescimento.

Para ler mais:

Notas FPA – Conjuntura Econômica 359 – PIB brasileiro cai 3,8% em 2015 e Banco Central mantém taxa de juros
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Notas FPA – Conjuntura Econômica 361 – Dados da Pnad mostram aumento do desemprego
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Notas FPA – Política Social 291 – IBGE: Desemprego chega a 8,2% em fevereiro/2016
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Desemprego em alta: para onde nos leva o ajuste fiscal?
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 

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