Por Agência PT

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira (10), que os investimentos em infraestrutura e logística contribuirão para o Brasil superar o atual momento econômico.

Dilma lembrou os avanços do governo nas áreas de infraestrutura e logística desde a criação do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, durante a cerimônia de inauguração da primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, São Luís (MA).

Norte e Nordeste são a nova fronteira do crescimento no Brasil, declara Dilma

Presidenta Dilma na inauguração do TEGRAM. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

“O Brasil tem um estoque de investimentos em infraestrutura que estão sendo maturados. A partir do PAC fizemos um grande esforço em prol da infraestrutura e da logística no País”, ressaltou a presidenta.

“O País de hoje tem uma diferença do País de antes e nos sentimos muito mais preparados para enfrentar as dificuldades transitórias. Teremos resultados da quantidade de investimentos em infraestrutura”, defendeu.

A construção do terminal de grãos é fruto de uma parceria entre iniciativa privada e governo federal. No total, foram investidos R$ 640 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Nordeste.

Durante a cerimônia de inauguração, a presidenta falou sobre as obras previstas para a região Nordeste pela segunda etapa do Plano de Concessões, que beneficiarão todo o Arco Norte.

“Vamos continuar construindo a pujança do Brasil nesta região. No passado, o Norte e o Nordeste não eram considerados estratégicos. Hoje, quem desconhecer o Norte e o Nordeste presta um desserviço ao País”, disse.

Dilma declarou que as regiões constituem a grande fronteira de desenvolvimento do Brasil. Na avaliação da presidenta, a área conhecida como Matopiba – divisa entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – é a “grande fronteira agrícola” do País.

“Que País pode se dar ao luxo de ter uma fronteira agrícola? A sétima economia do mundo, o Brasil. Trata-se de uma das maiores oportunidades de crescimento, de desenvolvimento, de mostrar nossa competitividade, potencial e prosperidade para todos os brasileiros”, declarou.

Tegram

O Porto contribui para desafogar o fluxo de cargas para os portos do Sul e do Sudeste, dando mais agilidade para a exportação para estados do chamado corredor Centro-Oeste. A região responde por quase metade da produção brasileira de grãos.

De acordo com o Blog do Planalto, o novo terminal de grãos integra esforços do governo federal para levar o escoamento de grãos produzidos desde o paralelo 16 para o Norte – os estados do Mato Grosso, Tocantins, Piauí, oeste da Bahia, Maranhão e até o sul do Pará –, para ser escoado pelos portos da região norte do País.

São quatro armazéns, com capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas por ano. O terminal também conta com modais rodoviários e ferroviários para a recepção da produção.

Fluxo

O terminal começou a funcionar em meados de março, em caráter de teste. Até o início de julho, já embarcaram pelo local 1,4 milhão de toneladas de soja em mais de 20 navios. O valor representa mais da metade do previsto para este ano.

Com a instalação do porto, espera-se a criação de quase um milhão de novos hectares para grãos. Sua localização diminui em sete dias a distância até os mercados americano e europeu.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias