Milton Santos foi um importante intelectual brasileiro, que dedicou grande parte de sua obra à reflexão dos impactos da globalização sobre a humanidade.


Desde o dia 20 de junho estava internado no Hospital do Servidor Público do Estado em decorrência de câncer na próstata. Na madrugada de domingo, 24 de junho de 2001, não resistiu e morreu de insuficiência respiratória.

Seu corpo foi velado e enterrado no Cemitério da Paz, no Morumbi, em São Paulo. Cerca de 200 pessoas compareceram para o último adeus.

Era professor emérito da Faculdade de Geografia da Universidade de São Paulo. Em abril de 2000 a Editora Fundação Perseu Abramo publicou “Território e Sociedade“, uma entrevista com Milton Santos. Seu último trabalho, “Brasil: Território e Sociedade no início do século 21” foi publicado no início de 2001.

Foto:Si Atem
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Breve biografia

Milton Santos, nascido a 3 de maio de 1926, em Brotas de Macaúba, na Chapada Diamantina (BA), formou-se no ano de 1948 em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Dez anos depois mudou-se para a França onde concluiu doutorado em geografia na Universidade de Estrasburgo. De volta ao Brasil, trabalhou como jornalista e presidiu a Comissão Estadual de Planejamento Econômico do governo da Bahia.

Com a Ditadura Militar, aceitou lecionar no exterior, passando por importantes Universidades na França, Estados Unidos, Tanzânia e Venezuela, entre outros. Retornou no ano 1977.

Em 1994 recebeu o Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud por ter sido um dos expoentes do movimento de renovação crítica da geografia e por ter apresentado diversos trabalhos sobre a metodologia desta disciplina.

Principais obras publicadas de Milton Santos: Por uma outra globalização, A natureza do espaço, A urbanização brasileira, Metamorfoses do espaço habitado, Novos rumos da geografia brasileira, O trabalho do geógrafo no Terceiro Mundo, O Espaço do cidadão. Pensando o espaço do homem, Por uma economia política da cidade, Espaço & método e Por uma geografia nova.