Na comparação com abril de 2014, o aumento do desemprego é ainda mais expressivo, tendo passado de 4,9% para os atuais 6,4%
Ano 3 – nº 278 – 21 de maio de 2015
ECONOMIA NACIONAL
Com a economia em recessão, desemprego sobe para 6,4% em abril:A taxa de desemprego medida pelo IBGE através da Pesquisa Mensal de Emprego alcançou a faixa dos 6,4% no mês de abril, índice superior ao verificado no mês de março, quando chegou a 6,2%. Na comparação com abril de 2014, o aumento do desemprego é ainda mais expressivo, tendo passado de 4,9% para os atuais 6,4%. Um dos motivos que explicam a aceleração do índice de desemprego é o aumento do número de pessoas procurando trabalho, com a população economicamente ativa crescendo 0,4% em abril na comparação com março. Além disso, a população desempregada em abril cresceu 4,2% na comparação com o mês imediatamente anterior, tendo apresentado elevação de 32,7% na comparação com o mesmo mês de 2014. A queda no emprego trouxe consigo nova redução na renda real habitual dos trabalhadores, que recuou 0,5% ante março/2015 e 2,9% na comparação com abril/2014. O aumento do desemprego vem acompanhado de um aprofundamento da recessão, segundo apontou o IBC-Br, indicador do Banco Central que busca antecipar as variações do PIB. De acordo com o BACEN, a economia brasileira apresentou retração de 0,81% no primeiro trimestre de 2015 na comparação com o último trimestre de 2014, com queda de 1,07% apenas no mês de março (após alta de 0,59% em fevereiro). Caso se considere a comparação entre o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano anterior, a retração alcança 1,98%.
Comentário: As consequências da política recessiva aplicada pelo ministro Levy já começam a ser observadas claramente nos resultados econômicos do primeiro trimestre do ano: inflação em alta (dado o realinhamento dos preços de tarifas públicas), desemprego em alta e crescimento em queda. Tudo indica que o segundo trimestre apenas aprofundará os resultados negativos deste primeiro momento, levando as taxas de desemprego para um patamar mais próximo de 8% (segundo a metodologia da PNAD, já estamos neste nível), a inflação acumulada em 12 meses próxima a 9% e o crescimento acentuando sua queda, podendo alcançar mais de 2% de retração. O fato de todos os dados estarem “surpreendendo” negativamente os analistas (que esperavam inflação, crescimento e desemprego melhores do que os divulgados) apenas reforça a impressão de que o impacto do ajuste será mais duro do que o prometido inicialmente, além de impedir qualquer melhoria nas expectativas dos consumidores ou empresários nos curto e médio prazos. A esperança que ainda resta, para além de uma reversão na estratégia recessiva atualmente adotada, é que os investimentos em infraestrutura chineses (vinculados ou não ao PAC 3 e a novas rodadas de concessão, que ainda não foram anunciadas) e a recente desvalorização cambial tenham algum impacto no médio prazo e se contraponham às tendências depressivas do cenário interno e externo atual.
AGENDA DO DIA
EVENTO
HORÁRIO
ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
IBC-Br/Brasil
8h30
BACEN
Taxa de desemprego/Brasil
9h
IBGE
PMI Industrial/EUA
10h45
Markit
PMI Composto/Europa
5h
Markit
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de seu autor, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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