América Latina: Emprego juvenil nos anos 2000 e perspectivas
Historicamente, o desemprego juvenil é significativamente maior que o desemprego geral, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Além disso, frequentemente a inserção dos jovens no mercado de trabalho é marcada pela precariedade, informalidade, baixos níveis de rendimento e de proteção social, com taxas de rotatividade e informalidade superiores à média e níveis de rendimentos inferiores. Os jovens também são os mais vulneráveis à violência, com altos índices de mortalidade a partir dos 13 anos de idade.
No entanto, apesar dos problemas estruturais elencados, a maioria dos índices para o trabalho, no Brasil e na América Latina, melhorou desde 2003. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), analisando o emprego juvenil na América Latina, aponta que, em 2011, a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos era de 13,9% (contra 16,4% em 2005), mas na faixa etária de 25 anos ou mais era de 4,6% no mesmo ano (contra 5,7% em 2005). Os jovens ainda representavam 43% do total dos desempregados da região em 2011, mas a porcentagem de jovens que somente estudam aumentou de 32,9% em 2005 para 34,5% em 2011, o que reflete a melhoria do acesso à educação na região.
No Brasil, se em um primeiro momento o mercado de trabalho manteve a trajetória de aquecimento dos últimos anos, em 2015 o mesmo parece estar sentindo já os efeitos da desaceleração econômica, com ligeiros aumentos do desemprego. Para a continuidade da melhoria desses índices nos próximos anos, especialmente entre os jovens, é preciso o comprometimento com uma política econômica centrada no crescimento do emprego e da renda, políticas estas consideradas modelo por diversas organizações internacionais como a OIT, e a continuidade do crescimento das oportunidades de acesso à educação e outros direitos sociais.
|