A atriz e militante Lélia Abramo morre aos 93 anos
Vida de Lélia foi marcada pela luta incessante por justiça social.
Leia as Homenagens
Luiz Inácio Lula da Silva
Hamilton Pereira
Antonio Candido
Sérgio Mamberti
Gianfrancesco Guarnieri
Sérgio Salvia Coelho
Leia entrevista publicada na revista Teoria e Debate em 1989.
Lélia Abramo com Lula e Marisa
durante a campanha eleitoral em 2002
A atriz e militante Lélia Abramo estava internada no Hospital Modelo desde o dia 1º de abril e veio a falecer, aos 93 anos, na noite de sexta-feira, dia 09 de abril de 2003. Seu corpo foi velado no sábado por familiares e amigos no Teatro Municipal de São Paulo e às 17 horas foi enterrado no cemitério Gethsamani, no Morumbi.
Lélia Abramo foi fundadora do Partido dos Trabalhadores (PT) assinando a ata de fundação no colégio Sion junto com Mário Pedrosa, Manuel da Conceição, Sérgio Buarque de Holanda, Moacir Gadotti e Apolônio de Carvalho.
A atriz atuou em 27 novelas, 14 filmes e 20 peças de teatro. Sua estréia nos palcos em 1958 na peça Eles não Usam Black-Tie, de Guarnieri, sob direção de José Renato, uma montagem histórica do Teatro de Arena, valeu-lhe vários prêmios, entre eles o Saci, promovido pelo Estado. Como Lélia não se separava da vida política, atuou também como presidente do sindicato dos artistas, o que ocasionou sua expulsão da TV Globo.
A vida de Lélia Abramo está autobiografada no livro “Vida e Arte” da Editora Fundação Perseu Abramo. No livro de memórias ela conta como foi sua estadia forçada na Itália durante a 2ª Guerra Mundial, sua atuação em momentos significativos da história brasileira como Ditadura Militar e a campanha pelas Diretas Já.