Estudo analisa dados demográficos da mulher no Brasil
Relatório recentemente lançado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), com dados de 2012, mostra que as mulheres eram mais de 51% da população brasileira e as negras compunham quase 52% da população feminina.
Segundo o estudo, a proporção da população feminina aumenta nas faixas etárias mais altas: em média, esperava-se que uma mulher, ao nascer, vivesse 7,3 anos mais que os homens e que, aos 60 anos, ela tivesse uma esperança de vida maior em 3,3 anos, o que resulta em um processo de feminização da população idosa.
Ainda segundo o estudo, a taxa de fecundidade total apresentou uma considerável diminuição entre 2000 e 2014, passando de 2,4 para 1,7 filha/o por mulher em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos), valor abaixo do índice de reposição populacional (que é de 2,1), com ainda expressivas diferenças regionais, segundo o gráfico abaixo. Outros estudos mostraram recentemente que a maior queda na taxa de fecundidade ocorreu entre beneficiárias do Bolsa Família.
Ocorreu também redução da gravidez na adolescência: em 2002, 12,7% das mulheres entre 15 e 19 anos tinham filhas/os; já em 2012, esse percentual passou para 10,4%, com maiores índices no Norte e Nordeste do país e menores no Sul e Sudeste.
Quanto às características demográficas, se o estudo mostra avanços em diversos quesitos, apresenta também a persistência de importantes diferenciações regionais.
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