Prefeito de Recife quer ampliar inclusão social.

João Paulo quer ampliar inclusão social

O prefeito petista de Recife, João Paulo, pretende se reeleger para ampliar, no município, a agenda da inclusão social, iniciada durante a atual gestão. Entre suas prioridades estão a educação, a segurança e a continuidade de projetos que se tornaram marca de sua administração, como a retirada das palafitas da comunidade de Brasília Teimosa (leia reportagem especial sobre o tema) e o Capibaribe Vivo, projeto que requalificará 20 quilômetros de margens do rio Capibaribe. Leia íntegra:

Por que o sr. resolveu ser candidato à reeleição?

Fui eleito em 2000 por uma pequena margem de votos. Ao longo do meu mandato, temos feito uma política determinada de inversão de prioridades. Os resultados são significativos, jamais vistos na cidade do Recife. E o melhor: com a participação maciça de mais de 250 mil pessoas, através do Orçamento Participativo, que é o maior do Brasil.

O sr. fez uma administração voltada principalmente para a área social. Mas ainda há muito por fazer. Quais serão as prioridades do seu segundo mandato?

Há muitos problemas para serem enfrentados. Os que são da nossa competência, estamos enfrentando com muito sucesso. A questão da segurança é gravíssima na cidade. Mas nessa área estamos construindo uma política integradora para enfrentar a violência. O desemprego também é um problema grave. Enfrentamos com contratação de mão-de-obra direta, com política de inclusão, com programas inovadores que estão dando muito certo, como a Operação Trabalho, que treina mão-de-obra, capacita e insere o trabalhador no mercado. Há também programas para a formação da juventude, que possibilitam a entrada de jovens no mercado. Mas o desemprego depende muito da política econômica federal e da conjuntura internacional. No Recife, estamos fazendo a nossa parte.

Reeleito, quais serão suas prioridades?

Continuar com a política de inclusão social. Políticas como o reforço na educação, área em que aumentamos em 61% a contratação de professores; continuar a retirada das palafitas de Brasília Teimosa (zona sul da cidade); continuar projetos como o Capibaribe Vivo, que requalificará 20 quilômetros de margens do rio Capibaribe. Também daremos continuidade à Operação Trabalho, que gera renda, forma mão-de-obra — inclusive muita gente que fez os cursos da OT já está no mercado da construção civil — e dá moradia digna a quem vivia na rua e até debaixo de pontes. Enfim, vamos ampliar a inclusão social, que é o que mais me orgulha como administrador

O orçamento da prefeitura é limitado. Como gerir uma cidade com limitações financeiras?

Com o governo Lula, já há sinais de que o país está retomando o desenvolvimento, com boas notícias, como a construção de um grande estaleiro em Suape. Nós já temos assegurado para 2005 projetos como o Pró-metrópole, a Via Mangue, que já estamos iniciando, o projeto Capibaribe Melhor, com R$ 52 milhões já garantidos. Há também perspectivas de melhoria da arrecadação, através de investimentos na moderninização da máquina arrecadadora.

Os adversários devem atacar muito o governo Lula. Como responder a essas críticas que virão?

Vamos responder à altura. Foram 500 anos de exploração do nosso povo. Houve a herança nefasta do governo Fernando Henrique, que torrou o dinheiro público com privatizações a preço de banana. O governo Lula está pensando o Brasil como um todo, sem privilegiar aliados. Já há sinais claros de retomada do emprego e do crescimento da renda. Aqui em Pernambuco, por exemplo, podemos falar orgulhosos do aeroporto do Recife, o mais moderno do Brasil, com mais de R$ 300 milhões investidos, e do estaleiro que Lula anunciou recentemente para a Suape (porto que fica em Ipojuca, sul do Estado). Só esse estaleiro vai gerar 5.000 empregos diretos, com investimentos de U$ 200 milhões. Podem falar do governo Lula. Nós temos muitos argumentos para defendê-lo. Estou tranqüilo.