FPA Informa 216 – Pnad contínua confirma redução no desemprego no segundo trimestre do ano

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06 de novembro de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Pnad contínua confirma redução no desemprego no segundo trimestre do ano: A nova versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (a Pnad) confirmou que a taxa de desemprego no Brasil apresentou redução no segundo trimestre de 2014. A taxa de desemprego no segundo trimestre de 2014 foi de 6,8%, menor que a registrada no segundo trimestre de 2013, quando a taxa de desemprego medida pela pesquisa era de 7,4%, e também menor que a observada no primeiro trimestre de 2014, quando o desemprego somou 7,1%. No dado regional, chama atenção a queda do desemprego na região Nordeste (de 7,7% para 7,2%) e Norte (9,3% para 8,8%), apesar de ter havido redução do desemprego em todas as regiões do país. O contingente de desempregados apresentou redução de 7,3 milhões no segundo trimestre de 2013 para 6,8 milhões no segundo trimestre de 2014. A proporção de pessoas ocupadas também se elevou na comparação com o primeiro trimestre do ano, passando de 56,7% para 56,9%.
Comentário: A Pnad contínua, por abranger um número bem mais elevado de municípios na pesquisa, apresenta um resultado diferente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, que abrange apenas as principais regiões metropolitanas. Apesar do patamar mais elevado, a taxa de desemprego da Pnad contínua confirma a trajetória de melhoria do mercado de trabalho apresentada pela PME, o que evidencia que, apesar da queda do crescimento econômico, há uma preservação no mercado de trabalho e nas condições de emprego. É evidente que este cenário não pode perdurar para sempre: caso permaneçam as baixas taxas de crescimento, haverá uma perda de dinamismo na criação de empregos e ao aumento do desemprego. Esta realidade, no entanto, ainda pode ser revertida caso o governo não adote um ajuste recessivo em 2015, fazendo apenas os cortes necessários e adotando uma estratégia de crescimento baseada no aumento dos investimentos, que vinha sendo o mote da economia brasileira em 2013. A redução das incertezas eleitorais e a melhoria do cenário internacional definitivamente contribuirão para o sucesso deste plano.
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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