Nova obra do diretor esclarece a lógica da política quando do desmonte do Estado brasileiro. Assista ao filme na íntegra aqui

A visão do Estado mínimo; a venda de ativos públicos ao setor privado; o ônus decorrente das políticas de desestatização traduzidos em fatos e imagens que emocionam e se constituem em uma verdadeira aula sobre a história recente do Brasil. Assim é Privatizações: a Distopia do Capital, cuja pré-estreia ocorreu no dia 9 de outubro, no Cineclube Silvio Tendler, no Museu da República, Catete (RJ). 

'Privatizações: a Distopia do Capital ', novo filme de Silvio Tendler

Realização do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), com o apoio da CUT Nacional, o filme traz a assinatura da produtora Caliban e a força da filmografia de um dos mais respeitados nomes do cinema brasileiro.  Tendler já produziu mais de 30 filmes, entre curtas, médias e longas-metragem.

Os Anos JK: Uma Trajetória Política (1980) e Marighella (2001) são alguns exemplos. Graduado em História pela Universidade de Paris VII (1975), mestrado em Cinema e História pela École des Hautes-Études – Sorbonne (1976), e especialização em Cinema Documental Aplicado às Ciências Sociais pelo Musée Guimet – Sorbonne (1973), Tendler sempre voltou seu olhar para os “vencidos”, buscando a história que o establishment não quer contar.

Promover o debate
Em 56 minutos de Privatizações: a Distopia do Capital, intelectuais, políticos, técnicos e educadores traçam, desde a era Vargas, o percurso de sentimentos e momentos dramáticos da vida nacional. A perspectiva da produtora e dos realizadores é promover o debate em todas as regiões do país como forma de avançar “na construção da consciência política e denunciar as verdades que se escondem por trás dos discursos hegemônicos”, afirma Silvio Tendler.
  
Vale registrar, ainda, o fato dos patrocinadores deste trabalho, fruto de ampla pesquisa, serem as entidades de classe dos engenheiros. Movido pelo permanente combate à perda da soberania em espaços estratégicos da economia, o movimento sindical tem a clareza de que “o processo de privatizações da década de 1990 é a negação das premissas do projeto de desenvolvimento que sempre defendemos”.

Confira o filme na íntegra: