Mamberti: ‘PT precisa realimentar a esperança das pessoas’
Dono de uma carreira prolífica, o ator, diretor, artista plástico e produtor Sergio Mamberti conversou com a FPA sobre cultura e política
Na quinta-feira, 21, o programa entrevistaFPA recebeu o artista Sergio Mamberti. Dono de uma longa e produtiva carreira, o ator, diretor, artista plástico e produtor contou sua história, que envolve até a poeta Patrícia Galvão, a Pagu, como vizinha, em Santos (SP).
Conduzido por Joaquim Soriano, diretor da Fundação Perseu Abramo, os internautas ouviram de Sergio Mamberti, além da sua trajetória pessoal, a ligação íntima da cultura com a militância política ou como disse ele, “a relação entre a vida e arte”.
Sergio e Joaquim falam de cultura, educação e Brasil
Para Mamberti, o papel que marcou sua vida profissional foi o Dr. Victor, do Castelo Rá-Ti-Bum, exemplo concreto de uma das bandeiras do ator: a união entre educação e cultura. Foram pauta da conversa a relação do meio artístico com atuação política e a própria relação deles com o PT nos anos iniciais do partido, a necessária democratização dos meios de comunicação, a importância das produções regionais e diversidade cultural do Brasil.
Mamberti atuou como Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, foi presidente da Fundação Nacional de Artes e Secretário de Políticas Culturais, durante a gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura. Ele contou algumas histórias daquele momento, como o primeiro encontro do ministro Gil e o MST, com violão, música e esperança, segundo relembrou Mamberti.
Mamberti: PT precisa retomar bandeiras de 2002
Sobre o Vale Cultura, Mamberti defendeu que tratar-se de um “passaporte da cidadania, é preciso que o Vale Cultura seja incorporado, assumido pelos estados, municípios e pela sociedade como um todo”. Ainda sobre políticas públicas e cultura, opinou que o poder público vem trabalhando com o conceito da diversidade cultural: “é um caminho recente mas que deve avançar mais”.
Mamberti também defendeu que o PT precisa “retomar as bandeiras de 2002 para que as pessoas se realimentem de esperança para que acreditem que a política muda as suas vidas”. Falou sobre a família Perseu e sua importância para a política e cultura do Brasil e também para a aproximação de Mamberti com o PT, além de festejar a notícia do relançamento do livro Vida e Arte – As Memórias de Lélia Abramo, sobre a atriz e militante.
Assista a íntegra do entrevistaFPA:
Fotos: Sergio Silva e Marcio de Marco