Balança comercial tem superávit e IPC-Fipe desacelera em maio

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03 de junho de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Balança comercial tem superávit e IPC-Fipe desacelera em maio: A balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 712 milhões segundo divulgou na tarde de ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado, apesar de positivo, é 6,7% inferior ao verificado no mesmo período de 2013, principalmente devido à queda nas exportações de produtos manufaturados e semimanufaturados, particularmente a redução nas exportações de carros para a Argentina. Ao mesmo tempo, as importações também registram queda de 4,8% em relação a maio de 2013. O saldo no ano ainda acumula um déficit de US$ 4,854 bilhões, que deve ser revertido ao longo de 2014 com o aumento das exportações de petróleo, que já se fizeram notar na balança de maio com um crescimento de 30,9% no embarque de petróleo bruto. Já no campo inflacionário, o IPC-Fipe registrou nova queda em maio e fechou em alta de apenas 0,25%, contra 0,53% de abril e projeção de 0,33% na leitura do mercado. A queda derivou da desaceleração do grupo “alimentação” (de 1,23% para 0,73%) e da deflação de 0,24% no mês no grupo “habitação”.
Comentário: A balança comercial brasileira ainda sofre os impactos de uma economia internacional enfraquecida, além dos problemas particulares com a Argentina, um dos principais consumidores de produtos manufaturados nacionais. O aumento da produção de petróleo dá um alivio no saldo comercial, que só será estruturalmente revertido com a inauguração de novas refinarias e o aumento da capacidade de refino no Brasil. Além disso, a taxa de câmbio mais valorizada e as dificuldades com a ampliação do investimento no Brasil são fatores que dificultam uma reversão mais expressiva da trajetória de queda do saldo comercial. Já no campo inflacionário, a queda mais acentuada do IPC-Fipe, refletindo a desaceleração dos alimentos e dos preços no atacado, deve fazer com que vários economistas revisem para baixo suas previsões de inflação até o fim do ano, fazendo com que as previsões se situem abaixo do teto da meta. A Copa do Mundo, uma das possíveis causas elencadas no início do ano pelos analistas de mercado para aumentos de preços, já está sendo considerada neutra do ponto de vista inflacionário, além de ser vista como uma importante fonte de receita com turismo internacional.
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Taxa de desemprego/Europa 6h Eurostat
Análise: Guilherme Mello, Economista
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