Assessor de Aécio envolvido no mensalão tucano: Um assessor de confiança do senador Aécio Neves, o jornalista e publicitário Eduardo Guedes, é réu no caso do mensalão tucano, que irá a julgamento ainda este ano. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Guedes teria ordenado a empresas estatais (Copasa, Comig e Bemge) que patrocinassem eventos esportivos no valor de R$ 9 milhões (em valores atuais). Esta verba de patrocínio, no entanto, teria sido desviada para financiar o caixa do PSDB em Minas Gerais, através das empresas de Marcos Valério que operavam o esquema de corrupção. Guedes é um antigo colaborador das campanhas do PSDB em Minas e dono de uma empresa que presta consultoria em comunicação para o PSDB nos dias atuais. O empresário nega as acusações, que estão em curso na primeira instância da Justiça mineira, dado que o caso do mensalão do PSDB foi desmembrado.
Comentário: Diante da iminência do julgamento do mensalão de seu partido, o PSDB busca blindar Aécio Neves das possíveis repercussões negativas do caso. A tarefa é bastante árdua, dado que o escândalo ocorreu no berço político do senador e envolvia o governador de Minas e ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo. O envolvimento de um de seus principais assessores dificulta ainda mais a tarefa de blindagem, a qual o sucesso dependerá fundamentalmente do posicionamento dos principais veículos de comunicação sobre o caso. Caso a imprensa reverbere o caso da mesma forma (ou de maneira similar) com que fez com a AP 470, a contaminação política da candidatura do PSDB é inevitável, por mais que o partido se esforce para blindar o candidato.
ECONOMIA NACIONAL
Estiagem deve ter impacto pequeno na inflação: A recente estiagem na região centro-sul do Brasil deverá ter um impacto moderado na inflação, segundo diversos estudos. Os principais impactos esperados, no setor de alimentos e energia, não devem acrescentar muitos pontos no resultado do IPCA ao final de 2014. No caso de alimentos, o período geralmente é marcado por chuvas fortes, que são tão ou mais prejudiciais à maioria das lavouras do que a estiagem recente. Já no caso da energia elétrica, é possível que parte dos custos de acionamento das usinas térmicas (em apoio à produção energética das hidroelétricas, que sofrem mais com a seca prolongada) seja repassada aos consumidores, mas mesmo neste caso o impacto esperado no IPCA seria de 0,03%, segundo cálculos preliminares da LCA. Parte do aumento de custos na operação do setor elétrico pode ser financiada pelo governo, o que geraria alguma pressão fiscal, mas nenhuma pressão inflacionária de curto prazo.
Comentário: A inflação de alimentos, que ainda se apresenta em queda no início do mês de fevereiro, deve sofrer alguma pressão de itens como milho, carne e ovos, mas no geral deve se manter em patamares menores do que os verificados no mesmo período de 2013. Quanto ao setor energético, a possibilidade de repasse (mesmo que parcial) do aumento de custos para a conta de luz deve ser considerada, dado que o principal foco do governo agora deve ser o de sinalizar ao mercado e as agências de classificação de risco seu compromisso com o cumprimento de uma meta fiscal robusta e factível. Cabe ressaltar que tal repasse deverá ocorrer apenas no quarto trimestre, quando as tarifas de energia são regularmente reajustadas. Caso o Tesouro decida assumir o aumento dos custos da produção elétrica, tal compromisso será mais uma vez questionado pelo mercado, dando margem a especulação e volatilidade com o câmbio e com os ativos nacionais, além de reforçar os argumentos daqueles que defendem o downgrade do Brasil pelas agências de classificação de risco. Neste momento, parece mais prudente acrescentar alguma inflação no curto prazo com pequenas elevações nos preços de energia e combustíveis (não podemos nos esquecer do caso da Petrobras), mas ao mesmo tempo garantir a manutenção da classificação de risco e evitar especulações desmesuradas contra nossa moeda.
AGENDA DO DIA
EVENTO
HORÁRIO
ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
Balança Comercial – Brasil
15h
MDIC
Produção Industrial/Europa
8h
Eurostat
Análise: Guilherme Mello, Economista
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