Nova pesquisa Ibope/OESP confirma possibilidade de vitória de Dilma no primeiro turno.

 

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Nova pesquisa Ibope confirma possibilidade de vitória de Dilma no primeiro turno: Uma nova rodada de pesquisas para medir a intenção de votos para a eleição presidencial de 2014 foi divulgada ontem, 18, pelo instituto de pesquisa Ibope em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo. No levantamento, a presidenta Dilma confirma seu favoritismo e venceria a eleição no primeiro turno contra qualquer combinação possível de adversários. No cenário mais provável hoje, Dilma receberia 43% dos votos, contra 14% de Aécio Neves e 7% de Eduardo Campos. Dilma seria, neste cenário, a única candidatura que cresceu desde a última pesquisa divulgada pelo Ibope em outubro passado, quando a presidenta alcançou 41% da preferência eleitoral. Aécio Neves manteve o mesmo desempenho da pesquisa anterior, enquanto Eduardo Campos apresentou recuo (de 10% para os atuais 7%). Já no cenário onde Marina Silva assume a cabeça de chapa da candidatura do PSB, Dilma venceria com 42% dos votos, contra 16% de Marina e 13% de Aécio. Por fim, caso se introduza Serra no lugar de Aécio como candidato do PSDB, Dilma venceria com 40% dos votos, contra 17% de José Serra e 15% de Marina Silva. A avaliação do governo Dilma também apresentou pequena melhora: 39% dos entrevistados consideram o governo bom ou ótimo (contra 38% da pesquisa anterior), 36% regular (35% na pesquisa anterior) e 24% ruim ou péssimo (26% na pesquisa anterior).
Comentário: O fato novo nesta pesquisa não é o crescimento gradual de Dilma, nem sua estabilização em patamares acima de 40%, independentemente da combinação dos candidatos oposicionistas. A grande novidade é a queda expressiva na candidatura Campos/Marina, que havia crescido rapidamente com a grande exposição midiática oriunda do anúncio de filiação de Marina ao PSB. Passado este impacto inicial, tanto os números de Marina (de 21% para 16%) quanto de Campos (de 10% para 7%) passaram a cair, levantando dúvidas sobre a capacidade eleitoral da dupla. Mais que isso, a presidenta Dilma se tornou a candidata menos rejeitada pelo eleitorado (passando de 38% para 34%), enquanto observou o crescimento da rejeição a Campos (de 39% para 42%) e de Marina Silva (de 31% para 37%). Estes resultados devem dificultar a negociação de alianças das candidaturas oposicionistas, que terão pouco tempo para demonstrar vigor e atrair novos partidos para seus projetos políticos.
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IPCA-15 de novembro acelera, mas vem abaixo das expectativas:O IPCA-15 de novembro foi divulgado na manhã desta terça, 19, pelo IBGE e registrou alta de 0,57% nos preços. O dado é superior ao verificado no mês anterior (0,48%) e no mesmo mês do ano anterior (0,55%), mas é inferior à expectativa do mercado, que apostava em uma alta entre 0,6% e 0,65%. Com o resultado divulgado hoje, o acumulado do ano de 2013 chegou a 5,06%, enquanto o acumulado do IPCA-15 em 12 meses subiu para 5,78%. O setor de alimentos e bebidas foi o que mais contribuiu para a alta do IPCA (de 0,7% para 0,84%), puxado pelo aumento no preço das carnes (2,34%) e elevando em 0,21% o índice total. Outra alta registrada foi no setor de vestuários, que passou de 0,88% para 0,96% na medição atual.

Comentário: A alta do IPCA-15 é uma continuidade do movimento de repasse das recentes altas de preços no atacado (registradas pelos IGPs e IPCs em agosto, setembro e outubro) para o varejo. Este movimento deve se encerrar já em novembro, tendo em vista que os preços no atacado já demonstram trajetória de desaceleração desde o fim de outubro. Para corroborar esta avaliação, salienta-se que a segunda prévia de novembro do IGP-M registrou alta de apenas 0,3%, contra 0,91% do mesmo período em outubro. Além disso, alguns períodos de entressafra afetam negativamente o preço de alguns produtos, como é o caso do tomate e das carnes. Espera-se, portanto, uma redução no ritmo de crescimento dos preços do varejo já no próximo mês, tornando possível (para não dizer provável) o atingimento da meta de queda na inflação acumulada em 2013, em relação à registrada em 2012.
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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