A Fundação Perseu Abramo publicou o catálogo completo de sua editora, que faz 28 anos em 2025. A obra reúne as principais informações sobre os mais de 460 livros publicados desde 1997.

Esta publicação visa divulgar ao público toda a produção editorial da fundação ao longo de quase três décadas. Do total de obras, mais de 300 já estão disponíveis em formato digital e podem ser acessadas diretamente pelo catálogo (clicando no título ou na capa) ou pela página da editora.

Deseja-se que este catálogo, assim como toda a produção da Fundação, seja difundido nos núcleos do Partido dos Trabalhadores, entre dirigentes e militantes, e que os livros da FPA estejam presentes em espaços de formação e debate, fomentando a leitura, o pensamento crítico e a construção coletiva.

Novas edições


Paralelamente ao catálogo, a editora relança três livros em formato digital e físico. O primeiro é o Padrões de manipulação na grande imprensa, de Perseu Abramo, originalmente publicada em maio de 2003.

O segundo é Florestan Fernandes, de Antonio Candido. Lançado em 2001, quando Candido presidia o conselho editorial da FPA, esta breve coletânea reúne 12 textos sobre o pensamento e a militância de Florestan.

A classe operária tem dois sexos, de Beth Lobo, um clássico do feminismo brasileiro, também integra essa série de relançamentos pela comemoração dos 28 anos. Sua quarta edição passa a fazer parte da coleção Nalu Faria.

CONHEÇA OUTRAS OBRAS

História da editora


Desde sua criação até meados dos anos 2000, a editora buscou divulgar conteúdos produzidos pela própria Fundação e atender a demandas externas. Foram muitas publicações oriundas de pesquisas nacionais que se tornaram referências (sobre juventude, mulheres, negros, LGBTQIAPN+ e idosos), de debates e seminários que uniram universidade e militância de esquerda, com o objetivo de contribuir com a formação e a crítica.

Em 1999, a editora publicou “O Brasil privatizado – um balanço do desmonte do Estado”, de Aloysio Biondi, na coleção Brasil Urgente. O livro superou a marca de 130 mil exemplares vendidos, contando com dezenas de parcerias com organizações sindicais e movimentos contrários à onda de privatizações.

Outros títulos de destaque do período são: Brasil – Mito fundador e sociedade autoritária (2000), de Marilena Chaui, que inaugurou a coleção ilustrada História do Povo Brasileiro; Introdução à Economia Solidária (2002), de Paul Singer; o clássico O Marxismo na América Latina – Uma antologia desde 1909 aos dias atuais, de Michael Löwy; e o já mencionado Padrões de Manipulação na Grande Imprensa (2003), de Perseu Abramo.

Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, a editora passou a tratar dos desafios e lutas, incentivando debates, projetos e políticas de interesse da maioria. Foram muitas publicações com diagnósticos regionais e nacionais, visando colaborar com a construção de programas de governos democrático-populares.

Pioneira, a editora lançou em 19 de setembro de 2007 sua biblioteca digital com 43 livros gratuitos em PDF. Naquele ano, surgia um embrião do que hoje conhecemos como livro eletrônico. Defendia-se que o livro digital serviria para divulgação, ampliando a circulação da versão impressa e ultrapassando o desafio da distribuição num país continental.

De 2013 até o momento, a editora priorizou a distribuição gratuita dos livros no formato digital, intensificando o projeto iniciado em 2007. Atualmente, para produzir o livro impresso, conta com editoras parceiras que trazem em seu catálogo ou modo de trabalho identificação com a pluralidade democrática e com o público que se deseja alcançar.