A Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (Flipei) anunciou na segunda-feira (4) os novos locais que receberão a edição 2025 do evento literário periférico em São Paulo. A feira acontece entre os dias 6 e 10 de agosto em espaços culturais nos Campos Elíseos. A mudança de endereço, nas vésperas do início do evento, ocorreu por perseguição e censura praticadas pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Economia Feminista terá lançamento e debate durante a Flipei, neste domingo

A nova programação ocupará ao menos cinco locais da cidade: o Galpão Cultural Elza Soares, o Jardim Pepe Mujica, o Puerto de La Resistencia – Café Colombiano, o bar Sol y Sombra e a Casa Luiz Gama, esta última com atividades voltadas especialmente para crianças. Veja aqui a programação completa.

A Flipei nasceu junto da Flip, em Paraty. O EI da sigla corresponde a “editoras independentes” e foi Cauê Ameni, da Autonomia Literária e Revista Jaconina, um dos criadores. As primeiras edições, em Paraty, contou com atividades feitas num barco, tipo pirata mesmo. A agenda e convidados passaram a chamar mais a atenção do público que a Flip, elitizada e bancada por bancos e grandes empresas.

A vinda para São Paulo, com apoio de movimentos populares e culturais da periferia, busca oferecer diversidade na programação e alguma incidência sobre o debate da conjuntura. Em 2025, com o descumprimento de contrato da prefeitura, os debates acontecem em quatro espaços diferentes na região central da capital.

A Fundação Perseu Abramo, por meio de sua editora, participa da Flipei deste ano com o lançamento do livro Economia feminista no Brasil: contribuições para pensar uma nova sociedade, organizado por Marilane Oliveira Teixeira, Margarita Olivera e Clarice Menezes Vieira, no domingo, dia 10 de agosto, às 11 horas, no Jardim Pepe Mujica, Alameda Eduardo Prado, 474.


“A economia feminista desafia o pensamento predominante ao propor uma nova abordagem que considera a vivência das mulheres e a sua diversidade, a partir de uma perspectiva decolonial ao questionar a herança colonial e denunciar que as opressões estão interligadas de gênero, raça, classe e colonialismo e que moldam as relações de poder.” Uma publicação da Editora FPA em conjunto com Hucitec. Conheça o livro aqui.