A geração de militantes políticos de esquerda pré-1964 viveu momentos fundamentais da história do Brasil, marcos que nos afetam até hoje. Clara Charf é uma dessas pessoas. 

Ela rompeu o cerco imposto por uma tradição machista e conservadora. A jovem militante em Recife entusiasmada com o fim do Estado Novo, a aeromoça que encantou Marighella, a vida clandestina e as perseguições impostas pela ditadura militar, o exílio, a anistia e a militância petista são alguns pontos dessa trajetória de vida/luta.

Uma história que se confunde por muitos anos com a de seu companheiro Carlos Marighella, personagem mitológico das lutas de resistência do povo brasileiro, que carregava, ao lado da coragem provada nas masmorras e torturas da ditadura Vargas até seu assassinato pela ditadura militar há vinte anos, a sensibilidade do poeta, do artista, do revolucionário.”

Neste 17 de julho, quando Clara Charf completa o seu centenário de vida, a Fundação Perseu Abramo destaca dois artigos antigos publicados na revista Teoria e Debate que celebram a sua vida e a sua militância. 

O primeiro, assinado pela historiadora Izabel Cristina Gomes da Costa, celebra a geração de militantes comunistas pré-64.   [https://teoriaedebate.org.br/2007/07/02/militantes-comunistas-da-geracao-pre-64/]. 

A segunda publicação é uma entrevista com Clara Charf feita por Maria Rita Khel e Paulo de Tarso Venceslau na qual ela própria conta sobre a sua história de militância política.

[https://teoriaedebate.org.br/1989/10/01/clara-charf-duas-historias-de-luta-uma-historia-de-amor/].