Ato político celebrou os 45 anos do partido neste sábado, no Rio de Janeiro. Petistas e autoridades de todo o país participaram da celebração

22 de fevereiro de 2025. Rio de Janeiro vivendo as temperaturas mais altas da temporada e o clima não foi diferente dentro do Armazém 3, Zona Portuária do Rio de Janeiro, onde aconteceram as festividades dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.

Cerca de três mil petistas, de variados locais do país, lotaram o espaço e ato se iniciou com homenagens e surpresas, como foi o canto capela de Benedita da Silva, entoando vozeirão acompanhada de palmas pelos presentes: “Não, ela é uma luz que chega de repente /Com a rapidez de uma estrela cadente/ Que acende a mente e o coração”.

A militância começou a chegar cedo para poder prestigiar o palco, que além do presidente Lula, contou com governadores, ministros, parlamentares, representantes de outros partidos e membros do Diretório Nacional.

O presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, fez a entrega da cópia da Ata de fundação e do Manifesto, “de acordo com o pedido do presidente”, e que durante os dois dias de evento foram distribuídos aos militantes e filiados.

“O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. Nasce, portanto, da vontade da emancipação das massas populares”, um dos trechos mais bonitos do Manifesto, que também está disponível no site da FPA.

Trabalho e cooperação

A presidenta da legenda, Gleisi Hoffman, ressaltou o trabalho dos dirigentes e citou nominalmente cada um, pedindo que se levantassem para o público. “Um partido deste tamanho não é uma tarefa fácil”, apresentou. A presidenta foi homenageada com vídeo que mostrou sua trajetória e o orgulho de ser petista, e falou sobre aspectos da conjuntura que têm sido tema constante, além de comentar a denúncia e os crimes de Bolsonaro.

Gleisi destacou ainda a presença de ex-presidentes do partido, como Zé Dirceu e Rui Falcão, e reafirmou a luta das mulheres do partido. “Somos um partido de luta e só chegamos até aqui porque temos vocês. Se Lula foi reeleito é porque vocês estavam conosco!”, festejou.

Ato político com Lula

O presidente Lula iniciou o discurso lembrando o orgulho que todo petista tem: “nossa carta de princípios é o nosso Manifesto de fundação, o funcionamento dos núcleos de base e propostas como o Orçamento Participativo” fazem do PT uma agremiação muito particular.

Lula falou também sobre sua saúde e anunciou que está “novo, com cabeça nova e mais vivo do que nunca”. O presidente elencou as várias vitórias dos últimos dois anos, como o motivo que faz as elites elegerem o partido seu inimigo. “A elite não suporta o PT porque fazemos políticas de inclusão social, porque cuidamos e vamos continuar cuidado dos pequenos e pobre e foi por isso que nascemos”, disse.

Assista o discurso do presidente Lula

Lula não deixou de garantir que o combate do PT seguirá e que o partido estará onde sempre esteve, “nas ruas, conversando e convencendo as pessoas”, além de apresentar as conquistas mais vultuosas de seu terceiro mandato, o quinto presidencial do PT, como a prioridade absoluta de tirar 24 bilhões de pessoas da pobreza e arrancar de novo o país do mapa da fome, programas como Minha Casa Minha Vida, os projetos de educação e ensino, o Brasil com envergadura internacional também foram apresentados por Lula. Quarenta e cinco anos de estrada não é pouca coisa. A festa de hoje, com a chama da militância alegrando e engrossando o coro do combate, aos gritos de Sem Anistia, em meio a encontros com companheiros e companheiras de várias partes do Brasil, e os feitos conquistados pela legenda ao longo de quase cinco décadas dão o tom do futuro: com os petistas e as petistas, o partido segue em frente, reafirmando que a luta é cotidiana e o direito a festa é para todos nós.