Reflexão sobre papel do PT é tema da abertura de Seminário que discute realidade brasileira
Militantes e autoridades participaram da primeira mesa que deu o tom político para os debates do evento, organizado em parceria da FPA com o partido
Para saudar a militância petista que compareceu em peso, tanto presencialmente no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, como online a partir de salas na plataforma Zoom, em todo o país, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, além de parlamentares e ministros, participaram da mesa de abertura para recepcionar petistas das cinco regiões, que irão participar dos debates de conjuntura e avaliação do contexto político atual, em diferentes frentes.
Para Gleisi Hoffmann, “ver tantos companheiros vindos de longe reunidos justamente porque se interessam pela organização e construção do partido é emocionante”. Gleisi agradeceu os candidatos do último pleito por terem levado a bandeira e as pautas do partido para serem debatidas junto à sociedade.
“É importante fazer uma reflexão do papel do PT no presente e no futuro, entender: para que serve o nosso partido?”, provoca a presidente. “Certamente não é para perpetuar as estruturas injustas da sociedade”, completa.
Gleisi Hoffmann destacou pautas como o preço da energia, a injustiça tributária, o sacrifício de benefícios sociais, investimentos em saúde e educação, especulação do câmbio e reafirmou que ir contra os interesses do povo não faz parte da trajetória do partido e segue fora do radar da legenda.
Formação para subsidiar a luta política
Nesse sentido, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, trouxe um relato com os principais pontos de atuação da fundação para municiar a militância com formação voltada para a luta política.
“É importante a gente se capacitar para a tarefa árdua que temos, nosso objetivo é continuar transformando o nosso país”, afirma Okamotto. Além dos temas tratados nas mesas dos Seminário (contexto internacional, realidade brasileira, mundo do trabalho e comunicação), assuntos como a segurança pública e a relação do partido com o público evangélico também foram um norte da incidência da FPA no debate político ao longo do ano.
O presidente da Fundação Perseu Abramo pontuou a necessidade de discussão sobre a democracia e o financiamento do partido. “Queremos nossos militantes alegres e que sejam respeitados. Espero que possamos ajudar a encantar o povo brasileiro”, diz Okamotto.
Representando os prefeitos, Luiz Caetano, eleito em Camaçari, na Bahia, animou a militância presente no centro de convenções. “Temos que deixar o povo defender o governo, o povão precisa dizer o que é o PT”, diz. O prefeito comentou sua vitória: “o nosso sucesso foi porque fizemos uma coisa simples, escutamos o povo”. Considerada uma figura importante da juventude, Luna Zarattini, eleita em São Paulo, fez a representação dos vereadores petistas. Para Luna, a renovação política passa pelo fortalecimento do Partido dos Trabalhadores enquanto instrumento de luta.
Líder do PT no Congresso, o deputado federal José Guimarães valorizou a relação entre a militância e o governo, afirmando a necessidade de uma conexão ainda maior. “A principal tarefa da militância não é só defender o governo, isso nós já fazemos. A militância precisa estar inserida no governo para a discussão de projetos”, afirma.
Para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o PT saiu muito maior do que entrou na eleição municipal deste ano. “Estamos reconstruindo o PT e o país, temos que nos orgulhar como militância da nossa força política liderados pelo presidente Lula, uma liderança não só no Brasil, mas no mundo”, diz.
“Estão querendo antecipar as eleições de 26, tentando desestabilizar o governo, mas não tenho dúvida que colheremos o resultado do que foi feito, e Lula chegará com força para ser reeleito”, projeta o ministro.
Confira as fotos da abertura.
Fotos: Sérgio Silva/FPA