Com produção da FPA, documentário sobre a CUT relembra força das mobilizações sindicais
Filme “A Geração que Criou a CUT: a história contada por quem a Faz” foi lançado nesta terça-feira (21) no Sindicato dos Bancários de Brasília
Às vésperas de completar 41 anos, no próximo mês de agosto, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ganhou mais um importante registro sobre a sua trajetória em defesa de direitos e da democracia. Com produção da Fundação Perseu Abramo (FPA), e apoio do Instituto Lavoro, o documentário “A Geração que Criou a CUT: a história contada por quem a Faz” foi lançado nesta terça-feira (21), em evento realizado em Brasília, com a presença de alguns dos personagens que participaram diretamente da criação da entidade, além de militantes, filiados e lideranças do Partido dos Trabalhadores. (PT).
Sempre lembrado como um de seus mais combativos fundadores, o ex-presidente da CUT Jair Meneghelli falou sobre o contexto em que as mobilizações eram feitas na década de 1980 e que culminaram na criação da Central. “A gente tinha que ir de porta em porta, conversar com cada trabalhador e trabalhadora, fazendo reunião. Hoje é outra conjuntura. O celular, a internet, são importantes, mas não há nada como o olho no olho. Só assim, nós vamos retomar a luta sindical”, avaliou.
Quem também esteve presente foi a socióloga Maria Silvia Portella, responsável pela idealização do livro que serviu de base para a realização do documentário. “Fui assessora da CUT por quase 40 anos e isso é o maior orgulho da minha vida, da minha história. Nós começamos a fazer o livro em 2021, durante a pandemia, e de lá para cá infelizmente tivemos algumas perdas que não puderam estar aqui com a gente”, contou a sociológa, que cumpriu o papel de mediadora do evento de lançamento.
O documentário
De acordo com nota da CUT, as entrevistas buscam resgatar as histórias desses dirigentes sindicais para entender e analisar o processo histórico que gerou a organização e as concepções de sindicato que estavam em disputa no debate à época. Além disso, o principal objetivo é resgatar a memória da organização.
Além do diretor Celso Gonçalves, a obra tem produção e pesquisa iconográfica de Marcos Dascânio e trilha sonora do DJ Patronig. Além do professor Iram, outros intelectuais também participaram do projeto: Cláudio Nascimento (educador social, pesquisador e escritor), João Marcelo Pereira dos Santos (doutor em História Social do Trabalho e assessor da CUT/RS), Maria Silvia Portela de Castro (mestre em Ciências Sociais e ex-assessora da CUT Nacional) e Sandra Oliveira Cordeiro (psicóloga e assessora da CUT Nacional).
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