Proposta foi defendida por lideranças políticas e profissionais do setor durante palestra realizada pelo Napp Educação da Fundação Perseu Abramo

A possibilidade de contar com um novo Plano Nacional de Educação (PNE), cujo Projeto de Lei 5665/2023 foi apresentado ao Congresso no final de janeiro, tem aumentado as expectativas de quem trabalha ou tem trajetória ligada à defesa do setor.

Nomes como o da prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, da senadora Teresa Leitão e da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, todas elas professoras, foram unânimes ao citar o PL como ponto de virada da Educação Nacional. Mas alertaram: o debate sobre o tema tem de ser feito nas cidades, com lideranças municipais, e pela ampliação do acesso a escolas após anos de desmonte sob a gestão de Jair Bolsonaro.

As lideranças petistas participaram do debate promovido pelo Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas (Napp) de Educação. A iniciativa faz parte do projeto “FPA nas Eleições”, criado para que propostas e ideias como as apresentadas nesta quarta, dia 6, estejam na ponta da língua das mais de 3 mil candidaturas petistas Brasil afora.

“O direito à Educação tem de ser o nosso foco. Passamos por um momento de completa ausência do governo federal, com Jair Bolsonaro, para evitar o abandono de alunos e alunas nas escolas, e agora é hora de nos reerguermos. Com Lula, levaremos o debate para todos os cantos do país sobre a necessidade de um plano nacional que amplie o acesso à Educação”, avaliou Fátima Bezerra, por meio de carta enviada ao evento.

Exaltar o que deu certo

O trabalho do Napp Educação vai contribuir para que experiências positivas endossem o chamado “modo petista de governar”. Um desses exemplos está em Juiz de Fora: sob a gestão de Margarida Salomão, a cidade mineira conseguiu levar acesso a creches para 100% das crianças.

“Espero que o trabalho que fizemos chegue aos programas de governos de diversas outras cidades e inspire políticas semelhantes de acesso à Educação”.

Para a senadora Teresa Leitão, a tarefa de todos é “conectar as pessoas a essas políticas. O que significa por exemplo o aumento da verba para merenda? Isso que precisamos reforçar, esse discurso”.

Em nome do Ministério da Educação (MEC), a também professora Selma Rocha falou sobre a necessidade de envolver o maior número de agentes políticos e representantes da sociedade civil no debate sobre o setor. “Precisamos debater a importância da escola não só para a Educação, mas para o aumento na qualidade de vida das famílias de todo o país. Temos de fazer um trabalho intersetorial para conseguir cumprir nossos objetivos”.

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