O projeto Reconexão Periferias, da Fundação Perseu Abramo (FPA), apresentou no dia 27 de novembro o Painel de Dados para para um grupo lideranças partidárias, acadêmicos e parceiros. A plataforma, que estará disponível no site da FPA a partir desta quarta-feira (29), apresenta de forma descomplicada e intuitiva o resultado de pesquisas de longa duração e permanentes nas áreas de Cultura, Trabalho e Violência nas periferias brasileiras e também o exclusivo Mapeamento de Coletivos e Movimentos Sociais desses mesmos territórios.

O diretor da FPA responsável pelo projeto Artur Henrique destacou a importância da parceria estratégica com a Fundação Friedrich Ebert (FES) para o desenvolvimento da nova ferramenta, que representa a coroação de cinco anos de atividade. “Temos trazido muitos temas inovadores, que não são do dia-a-dia do partido. O que será apresentado agora é o acúmulo de um trabalho feito nas três áreas que os próprios militantes periféricos escolheram: cultura, trabalho e violência”, afirmou.

Na área do Trabalho, o Painel de Dados traz pesquisas sobre um grupo que tem se ampliado cada vez mais no Brasil, que são os trabalhadores por conta própria. Em Cultura, foram mapeadas 900 organizações no Brasil com as quais são mantidos diálogos permanentes para entender a realidade periférica. E a área de Violência apresenta dez anos de levantamento de dados sobre chacinas.

Segundo o coordenador do projeto, Paulo Ramos, a reaproximação com os movimentos de periferia empreendida pelo projeto considerou o conjunto de transformações sociais, políticas e econômicas que o Brasil experienciou. “Não falamos apenas com quadros do Partido dos Trabalhadores, mas também de outros partidos, dos movimentos sociais e da academia. Esse movimento não foi apenas de aproximação, e sim para fortalecer, dar visibilidade e reconhecer que existe um novo sujeito político para o qual a ideia de periferia está no centro, como sua bandeira, sua marca de identidade”, disse.

Ele explicou ainda que a ideia de periferia trazida pelo projeto é uma síntese de contradições sociais de classe, raça, gênero, etnia, origem nacional, o que, com esse recorte, tem oferecido uma possibilidade de síntese e de unidade. “O Painel é uma estratégia para dar visibilidade e fortalecer essas bandeiras, as pessoas e movimentos”, concluiu.

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