Na noite de sábado (21), durante o 14° Congresso Nacional da CUT (CONCUT), foi eleita a nova diretoria executiva da entidade que atuará nos próximos quatro anos, de 2023 a 2027.

Na presidência foi reeleito o metalúrgico do ABC Sergio Nobre. A vice-presidência ficará com a bancária Juvandia Moreira, também presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A Secretaria-Geral estará sob o comando do representante do ramo químico, Renato Zulato.

Foram criadas quatro novas secretarias: Economia Solidária; LGBTQIA+, Transporte e Logística e das Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas.

O 14º Congresso e a eleição da nova direção executiva acontecem quando a Central Única dos Trabalhadores completa 40 anos de existência.

2023 é também um ano importante para a CUT porque representa o retorno de Lula à Presidência da República, fato politico que marca a derrota eleitoral de um projeto em que o movimento sindical brasileiro foi tratado como adversário.

Após o golpe contra a presidenta Dilma, em 2016, os governos Temer e Bolsonaro adotaram medidas que visavam sufocar o sindicalismo, desde a retirada dos mecanismos de sustentação financeira até a elaboração de leis que procuraram isolar o movimento trabalhista organizado, tentando retirá-los dos processos de representação e negociação.

A resistência da CUT e das demais centrais ao desmonte a à escalada do arbítrio foram fatores importantes para o retorno dos princípios democráticos ao governo federal. Atualmente, o movimento sindical e o governo federal aprimoram novas formas de financiamento e representatividade, naquilo que pode ser considerado um processo de reconstrução do movimento.

Após ser reeleito por mais de dois mil delegados e delegadas ao Congresso, realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, assim definiu os desafios da Central:

“É uma grande responsabilidade para os novos que estão entrando, mas “todos são muito tarimbados, qualificados para representar a nossa central nesse período. Quero dizer a todos vocês que nós vamos buscar conquistar aquilo que nós debatemos aqui, a mudança no nosso modelo sindical para proteger 100% da classe trabalhadora, de investir pesado nas brigadas digitais, investir pesado na criação dos comitês de luta e tenho certeza que nós em 2026 vamos ajudar muito a reeleger o nosso presidente Lula, pela quarta vez no nosso país, para que possamos seguir com democracia, com justiça social e a classe trabalhadora no centro. E tenho certeza de que no 15º Congresso Nacional da CUT essa direção vai deixar um legado de luta, de vitórias para a próxima geração”.

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