No dia 7 de setembro, são realizados em todo o Brasil atos públicos, caminhadas e mobilizações populares, como forma de chamar atenção para as transformações que o país precisa para ser de fato independente e garantir vida digna para todas as pessoas, com justiça social, acesso a direitos fundamentais, equilíbrio econômico e desenvolvimento da ciência e tecnologia. Em seus 29 anos de história, o Grito dos Excluídos e Excluídas tem por objetivo valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, por isso seu tema permanente é “Vida em Primeiro Lugar!”

Com a pergunta: “Você tem fome e sede de quê? ”, que é o lema desse ano, o Grito dos Excluídos e Excluídas convida todas e todos à reflexão e ação em busca de alternativas para os enormes problemas que o povo enfrenta, como a questão da fome e da água. O objetivo é mobilizar a participação da sociedade civil em torno dos problemas estruturais que atentam contra a vida do povo mais vulnerável.

Segundo Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central dos Movimentos Populares, que participa da organização do Grito desde sua primeira edição, a expectativa neste ano é muito boa tendo em vista ser o primeiro após seis anos de retrocessos que pelos quais passou o Brasil. “Sabemos que a dificuldade do ponto de vista do emprego e da melhoria das condições de vida ainda é alta, mas estamos sob a égide de um governo democrático e popular, que tem preocupação com o combate à fome, à miséria, é comprometido com as trabalhadoras e trabalhadores. Neste ano, o Grito será organizado com mais tranquilidade e não sob ameaça de violência e intimidação”, diz.

Sobre o Grito – A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu em uma reunião de avalação do processo da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos anos de 1993 e 1994. Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência, proclamado por um príncipe, em 1822. Nesse sentido, desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas tem como objetivo levar às ruas e praças, os gritos ocultos e sufocados, silenciosos e silenciados, que emergem dos campos, porões e periferias da sociedade.
Compõem a Coordenação Nacional: Comissão 8 da CNBB; as Pastorais e Organismos: PO (Pastoral Operária), SPM (Serviço Pastoral dos Migrantes), PPR (Pastoral do Povo da Rua), PCR (Pastoral Carcerária), PAB (Pastoral Afro Brasileira), CPT (Comissão Pastoral da Terra), PJ (Pastoral da Juventude), PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular), CB (Cáritas Brasileira), CNLB (Conselho Nacional de Leigos e Leigas do Brasil), PMM (Pastoral da Mulher Marginalizada), CPP (Conselho Pastoral dos Pescadores). Entidades: CMP (Central dos Movimentos Populares), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Jubileu Sul Brasil, Romaria dos Trabalhadores/as, JOC (Juventude Operária Católica), Rede Rua, Sefras (Serviço Franciscano de Assistência), CEBs, 6ª SSB (Semana Social Brasileira).

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