h1 { margin-bottom: 0.21cm }h1.western { font-family: “Liberation Serif”, serif }h1.cjk { font-family: “Noto Sans CJK SC”; font-size: 24pt }h1.ctl { font-family: “Lohit Devanagari”; font-size: 24pt }p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 115% }<font face=”FreeSerif, serif”><font style=”font-size: 11pt” size=”2″>A diretoria da Fundação Perseu Abramo e seu quadro de funcionários lamenta a violência e a morte de Mãe Bernadete. Neste momento de revolta e dor, prestamos nossa solidariedade aos familiares e filhos e filhas de santo, assim como ao conjunto de lutadores quilombolas.</font></font> <font face=”FreeSerif, serif”><font style=”font-size: 11pt” size=”2″>Um dia após a grande manifestação das mulheres camponesas, das matas e das águas, que reuniu mais de cem mil mulheres em Brasília, é com grande tristeza e revolta que recebemos a notícia da execução da Yalorixá Maria Bernadete Pacífico.</font></font> <font face=”FreeSerif, serif”><font style=”font-size: 11pt” size=”2″>Liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, região Metropolitana de Salvador, a Yalorixá Maria Bernadete Pacífico foi executada na noite do dia 17 de agosto, dentro de um terreiro no município. Bernardete também era coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq).</font></font> <font face=”FreeSerif, serif”><font style=”font-size: 11pt” size=”2″>De acordo com os primeiros relatos, divulgados pelo perfil de Bernadete nas redes sociais, a quilombola estava sentada em um sofá, dentro do terreiro, quando quatro homens armados entraram e começaram a disparar. Ela morreu no local. O motivo seria disputa fundiária que envolvia o Quilombo Pitanga dos Palmares.Segundo nota da Conaq, “mãe Bernadete era mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos (Binho do Quilombo), liderança quilombola da comunidade Pitanga dos Palmares, também assassinado há 6 anos. O assassinato de Binho, como o de tantas outras lideranças quilombolas, continua sem resposta e sem justiça. Junta-se à injustiça mais uma vítima da violência enfrentada por aqueles que ousam levantar suas vozes na defesa dos nossos direitos ancestrais. Mãe Bernadete, agora silenciada, era uma luz brilhante na luta contra a discriminação, o racismo e a marginalização. Atuava na linha de frente para solucionar o caso do assassinato do seu filho Binho e bravamente enfrentou todas adversidades que uma mãe preta pode enfrentar na busca por justiça e na defesa da memória e da dignidade de seu filho. Nessa luta, com coragem, desafiou o sistema e, como tantas mulheres, colocou seu corpo e sua voz na defesa de uma causa com a qual tinha um compromisso inabalável. Sua voz ressoava não apenas nas reuniões e eventos, mas também nos corações daqueles que acreditavam na mudança”.</font></font>A diretoria da Fundação Perseu Abramo e seu quadro de funcionários lamenta a violência e a morte de Mãe Bernadete. Neste momento de revolta e dor, prestamos nossa solidariedade aos familiares e filhos e filhas de santo, assim como ao conjunto de lutadores quilombolas.

Um dia após a grande manifestação das mulheres camponesas, das matas e das águas, que reuniu mais de cem mil mulheres em Brasília, é com grande tristeza e revolta que recebemos a notícia da execução da Yalorixá Maria Bernadete Pacífico.

Liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, região Metropolitana de Salvador, a Yalorixá Maria Bernadete Pacífico foi executada na noite do dia 17 de agosto, dentro de um terreiro no município. Bernardete também era coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq).

De acordo com os primeiros relatos, divulgados pelo perfil de Bernadete nas redes sociais, a quilombola estava sentada em um sofá, dentro do terreiro, quando quatro homens armados entraram e começaram a disparar. Ela morreu no local. O motivo seria disputa fundiária que envolvia o Quilombo Pitanga dos Palmares.

Segundo nota da Conaq, “mãe Bernadete era mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos (Binho do Quilombo), liderança quilombola da comunidade Pitanga dos Palmares, também assassinado há 6 anos. O assassinato de Binho, como o de tantas outras lideranças quilombolas, continua sem resposta e sem justiça. Junta-se à injustiça mais uma vítima da violência enfrentada por aqueles que ousam levantar suas vozes na defesa dos nossos direitos ancestrais. Mãe Bernadete, agora silenciada, era uma luz brilhante na luta contra a discriminação, o racismo e a marginalização. Atuava na linha de frente para solucionar o caso do assassinato do seu filho Binho e bravamente enfrentou todas adversidades que uma mãe preta pode enfrentar na busca por justiça e na defesa da memória e da dignidade de seu filho. Nessa luta, com coragem, desafiou o sistema e, como tantas mulheres, colocou seu corpo e sua voz na defesa de uma causa com a qual tinha um compromisso inabalável. Sua voz ressoava não apenas nas reuniões e eventos, mas também nos corações daqueles que acreditavam na mudança”.

`