A Fundação Perseu Abramo (FPA) e a Escola Nacional de Formação (ENF) realizaram o lançamento da etapa São Paulo do Sistema de Formação voltado a dirigentes do PT de macrorregionais, municipais, zonais, coordenadores de setoriais e potenciais dirigentes que já estejam acordados para assumir funções no próximo período. O ato de lançamento pode ser assistido neste link.

A iniciativa tem como objetivo oferecer formação política para nivelar os conhecimentos acerca da gestão e do funcionamento do PT, do sistema eleitoral, das federações e do quadro partidário brasileiro, assim como o lugar do partido do ponto de vista do espectro ideológico e da competitividade eleitoral.

O programa prevê oficinas de capacitação técnica por área, na modalidade EaD, que serão ministradas por professores que já foram dirigentes partidários. Com inscrições abertas até 12 de junho, a expectativa é mobilizar até mil dirigentes nesta etapa do curso.

Estiveram presentes no ato de lançamento o presidente e a vice-presidenta da FPA, Paulo Okamotto e Vivian Farias, a secretária de Formação do PT-SP estadual e diretora da ENF, Taís Maciel, o presidente estadual do PT-SP, Kiko Celeguim a secretária de Finanças estadual do PT, Cilene Maria Obici, o secretário de Organização estadual, Luiz Turco, o deputado estadual e secretário de Comunicação do PT-SP, Luiz Claudio Marcolino, o presidente do diretório municipal do PT-SP Laércio Ribeiro, o diretor da ENF Osvaldir Barbosa de Freitas e a deputada federal PT-RS, secretária Nacional de Formação, Maria do Rosário.

Após a composição da mesa, coordenada por Taís Maciel, deu-se início à cerimônia mística, com a leitura de um texto sobre a origem, história e compromissos do partido, intercalada com música, performances e participação dos presentes.


Paulo Okamotto saudou o público e agradeceu particularmente as pessoas que estão desenvolvendo o curso e destacou seu objetivo. “Queremos que nossos dirigentes no estado saibam mais e melhor sobre seu papel político, em termos de gestão, pois só um partido organizado e que conheça o seu papel pode nos levar aos êxitos e vitórias de que precisamos”, afirmou.

Maria do Rosário participou virtualmente e enviou uma mensagem sua, em nome da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e da direção nacional. “Nós precisamos atuar como direção, todo mundo, todos precisam atuar, valorizando a vida do partido. E São Paulo está nos dando a possibilidade de trabalhar um curso de dirigentes que é uma novidade. Vamos fazer que ela aconteça para todo o Brasil”, disse.

Para Kiko Celeguim, que saudou a iniciativa, essa formação é fundamental porque centenas de candidatos a vereadores, prefeitos, vice-prefeitos acabaram ficando ausentes do processo e cometendo erros por desconhecimento. “A formação vai melhorar a capacidade dos dirigentes de lidar com novas regras do TSE e também quando chegarem a um cargo público. Porque exercer um mandato hoje é uma guerra devido à judicialização que existe. Precisamos estar preparados”.

De acordo com Cilene Obici , buscar essa solução conjuntamente vai fazer com todos saiam maiores. “Essa divisão dos problemas, buscar apoio, interação é muito importante neste momento. Para construirmos nosso partido, que vai continuar maior e melhor”.

Luiz Turco disse que a FPA cumpre papel fundamental na construção do PT, e que em São Paulo o processo tem sido bastante produtivo. “Estamos percorrendo as 20 regiões do estado de São Paulo para debater não somente conjuntura mas a defesa do governo Lula, como oposição ao governo estadual. E também o processo de formação e finanças. Tenho certeza de que esse curso vai ajudar muito nossos dirigentes”.


Luiz Claudio Marcolino disse que a formação foi muito importante, inclusive durante a pandemia. “Produziu muito e dialogou com todo o estado, enriqueceu mui as disputas de 2020 e 2022. E certamente vai ajudar a preparar os dirigentes para 2024. Se não estivermos com nossos diretórios organizados financeiramente, não podemos inclusive ter chapas disputando prefeituras e chapas de vereadores”, destacou.

Vivian Farias, que é também diretora da ENF, disse que todos os dirigentes são fruto de um processo formativo. “Somos dirigentes porque outros dirigentes apostaram, contribuíram e abriram portas. A gente sabe o quanto é difícil ser mulher, negro, jovem neste partido. Esses grupos, quando entram no partido político, se tornam responsáveis pela mudança real na vida das pessoas. Por isso deve estar muito clara a tarefa política. É o Brasil no coração e a estrela no peito”, pontuou.

Segundo Osvaldir de Freitas, ser dirigente é algo muito importante, principalmente no PT. “Quando entrei no PT, fui para as disputas internas até que me tornei secretário-geral. Ser presidente de um diretório zonal, como sou, é muito importante para organizar a questão burocrática e a luta e o processo para ganhar as eleições. Por isso vamos estender o curso para ao zonais”.


Para Laércio Ribeiro, na organização social brasileira temos trincheiras muito importantes: o movimento sindical, os movimentos sociais, a igreja católica progressista, os novos movimentos organizados. “Mas sempre tive muito claro que a frente mais importante é um partido político organizado. Sem isso não temos condição nenhuma de transformar a sociedade. Por isso ser dirigente é tão importante”.

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