Neste 14 de março o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa cinco anos de impunidade, sem que tenham sido elucidados os motivos do atentado e os mandantes do crime. O avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson e, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados.

Criada na Favela da Maré, no Rio, Marielle, mulher negra, foi a quinta vereadora mais votada do município em 2016. Era socióloga, com mestrado em Administração Pública. Feminista e ativista dos Direitos Humanos, Marielle ficou conhecida por denunciar abusos de autoridade praticados por policiais contra os moradores da Maré. Ela também atuou na coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde prestou auxílio jurídico e psicológico a familiares de vítimas de homicídios ou policiais vitimados.

O assassinato de Marielle e Anderson chocou o mundo com a violência política e se tornou um símbolo para o movimento negro brasileiro, em especial o de mulheres negras, associado à luta contra o racismo e a violência policial nas favelas brasileiras. Neste 14 de março, o Brasil e o mundo ainda querem saber: quem mandou matar Marielle Franco?

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