A coordenação do programa de governo da aliança Brasil da Esperança (PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede e Solidariedade) liderada pela chapa Lula-Alckmin recebeu propostas do Movimento dos Atingidos por Barragens, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) e de representantes de startups. Os encontros aconteceram na quinta-feira, dia 08, e na sexta-feira, dia 09, na sede da Fundação Perseu Abramo.

Os representantes do Movimentos dos Atingidos por Barragens apresentaram um diagnóstico sobre a situação atual e os principais retrocessos sob os governos Temer e Bolsonaro. Segundo o MAB, é enorme o número de barragens que não tem qualquer fiscalização e que a política de descotização adotada pelo atual governo é uma bomba armada para 2023 e que pode provocar pressão sobre a próxima gestão do país. Os integrantes do movimento cobraram a criação de um cadastro específico para a população atingida por barragens e políticas que reconheçam e garantam os direitos dessa população. 

Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes apresentou argumentos a favor do controle de armas pelo Estado, os profissionais da área da segurança são os que mais sofrem as consequências do aumento da circulação de armas de fogo. Os representantes da categoria ainda falaram sobre a necessidade de um piso nacional para a categoria, melhoria da qualificação e setorização da formação dos profissionais. Atualmente, mais de 700 mil pessoas atuam como vigilantes. No total, são 2 milhões e 300 mil profissionais com registro para atuar como vigilante. 

Na sexta-feira, a Associação Dínamo, que representa e estuda o ecossistema das startups, apontou ser fundamental o investimento público para o desenvolvimento das startups. Hoje, as empresas que surgem acabam sendo adquiridas por investidores estrangeiros porque não há políticas e incentivo para que elas possam se desenvolver. Além disso, os representantes do setor ressaltaram a importância de se fazer uma reforma tributária. 

O programa de governo da chapa Lula-Alckmin recebeu mais de 13 mil propostas através de uma plataforma digital e continua a se reunir com entidades e movimentos para ouvir demandas e receber novas propostas.