Representantes de seis entidades sindicais de representação dos trabalhadores do sistema financeiro, incluindo a Contraf, estiveram na sede da Fundação Perseu Abramo, em São Paulo, nesta terça-feira (09) para apresentar a perspectiva da categoria sobre a conjuntura do setor e propostas para um futuro governo Lula.

Participaram da reunião a presidenta e o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, o presidente e o secretário de Finanças da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal, o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, o presidente do sindicato dos Bancários de Brasília e técnicos e ex-técnicos do Dieese.

Sobre a situação da categoria no momento, os bancários criticaram a desestatização dos bancos públicos, que vem sendo colocada em prática desde o golpe de 2016, a redução da oferta de crédito, o fechamento de agências de bancos públicos e a falta de controle sobre as fintechs.

Os bancários defenderam a necessidade de regulamentação do sistema financeiro brasileiro. Eles apontam que existem questões estruturais que precisam ser resolvidas, como a concentração da oferta de crédito em apenas cinco bancos, bem como ser necessário a regulamentação das operações das fintechs que atuam como bancos apesar de não o serem. Os representantes da categoria também criticaram o spread bancário e afirmaram que o papel do BC não pode se restringir ao controle da inflação.

A conversa foi feita com a coordenação do programa de governo da aliança Brasil da Esperança (PT, PSB, PCdoB, PV, REDE, PSOL, Solidariedade e Avante).

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