Na terça-feira, 2 de agosto, a série Diálogos pelo Brasil debateu a Reconstrução do SUS: defesa da vida e da democracia, com a participação de José Gomes Temporão, Alexandre Padilha e Marcelo Castro e mediação de Ester Melo.

A professora da Universidade Federal do delta do Parnaíba Ester Melo, representante do setorial de Saúde do PSol, abriu o debate com os três ex-ministros afirmando que a conjuntura marcada por políticas neoliberais tem impactos concretos na saúde. “A pandemia agravou as desigualdades sociais existentes, aprofundou a crise social, política, econômica, ambiental e sanitária com implicações nas condições de vida e saúde da população brasileira. Nesse período, intensificou-se o processo de financeirização e privatização do SUS”, pontuou.

O médico sanitarista e pesquisador da Fiocruz José Gomes Temporão apontou alguns grandes desafios para o novo governo, e o primeiro deles é reconstruir o conjunto de políticas públicas que impactam diretamente o que chamamos de determinação social da saúde. “Não podemos imaginar que teremos resultados expressivos nos indicadores sanitários sem mexer em questões estruturais da política econômica e de outras políticas que afetam o cotidiano dos brasileiros”, disse.

O psiquiatra Marcelo Castro, senador pelo estado do Piauí, destacou a princípio que o SUS foi um grande avanço conquistado a partir da Constituinte de 1988 e que tem cumprido suas funções, dentro das limitações de um país com inúmeros problemas como o Brasil. “Há um consenso hoje na sociedade de que o SUS cumpre razoavelmente seu papel, sobre sua necessidade, importância e relevância para a saúde pública brasileira”.

O médico Alexandre Padilha, deputado federal pelo PT de São Paulo, disse que estamos diante de uma grande oportunidade histórica. “Existe um cenário nacional e internacional pós-pandemia que abre possibilidade de refazer um pacto político, social, cultural com a sociedade brasileira sobre a importância da saúde como direito e do SUS como projeto para entregá-lo”.

Assista.

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