Revista de maio fala de direitos, salário mínimo valorizado e esperança
Em maio, quando é celebrado internacionalmente o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, o Brasil tem pouco a comemorar. A taxa de desemprego segue alta, principalmente entre as mulheres e a juventude. Para quem está ocupado, a precariedade, informalidade e ausência de direitos faz-se cada vez mais realidade, junto com uma renda, que pouco tem dado para comprar os alimentos básicos do mês. E o governo Bolsonaro, ao invés de propor ações para superar essa realidade, é o próprio agente impositor dela.
A edição de maio da Revista Reconexão Periferias procurou mostrar essa realidade, mas também apresentar alternativas para superá-la. Nesse sentido, o artigo de Léa Marques, consultora do Projeto Reconexão Periferias, reflete sobre a alta dos preços de alimentos básicos e de combustíveis, a perda de milhares de postos de trabalho e o alargamento de empregos sem direitos, mas também a apresentação de propostas de construção de saídas a esse cenário.
A entrevista com Camila Capacle, coordenadora de Trabalho e Economia Criativa e Solidária da cidade de Araraquara (SP), traz a experiência de um governo do PT, local, que prioriza políticas públicas que colocam o trabalhador no centro da discussão, inovando no apoio e desenvolvimento de cooperativas, e compreende a geração de renda como um passo dentro de um processo maior de construção de cidadania e participação social.
O perfil traz a história da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Alagoas (Fetag-AL), que representa 74 sindicatos de agricultores familiares e um público que varia entre 120 e 130 mil trabalhadores. Executa várias iniciativas que vão além da organização e formação sindical, na perspectiva de um Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no campo e na cidade e para uma sociedade mais justa e menos desigual.
A seção Quando novas personagens entram em cena apresenta Ana Lúcia Martins, primeira vereadora negra da história de Joinville (SC). Sua candidatura pelo PT, nas palavras dela, “foi um projeto coletivo construído pelas e com as mulheres negras, feministas, o movimento negro, a juventude e os partidos de esquerda”.