No dia 16 de dezembro de 1976 – há 45 anos – o exército e forças policiais atacaram a balas uma casa situada na Rua Pio XI número 767, no bairro da Lapa, na cidade de São Paulo capital.

Não houve aviso prévio, nem pedido de rendição.

Foram asssassinados dentro da casa Ângelo Arroyo (nascido em 6/11/1928) e Pedro Pomar (nascido em 23/9/1913).

Também estava na casa Maria Trindade (nascida em 1923, viria a falecer em 1997).

A casa na Pio XI era um “aparelho” do Partido Comunista do Brasil.

Nos dias anteriores havia se realizado ali uma reunião do Comitê Central do PCdoB.

Estavam presentes e foram presos antes da chacina: João Batista Franco Drummond, Elza Monerat, Haroldo Lima, Aldo Arantes, Wladimir Pomar, e Joaquim Celso de Lima.

Estavam presentes e não foram presos José Novaes e Manoel Jover Telles.

Drummond foi torturado e morreu. Tinha 34 anos (nascera em 28/5/1942).

Elza, Haroldo, Aldo, Wladimir e Joaquim foram presos, torturados, condenados e ficaram presos por alguns anos.

Novaes não foi preso, voltou à militância e chegou à compor a executiva nacional da CUT.

Manoel Jover Telles desapareceu por algum tempo. Anos depois, constatou-se ter sido ele o responsável por fornecer à repressão as informações necessárias para localizar, assassinar, prender e torturar um pedaço da direção do PCdoB.

45 anos depois, Aldo e Wladimir seguem vivos e atuantes.

Aldo é militante do PCdoB.

Wladimir é militante do PT.

45 anos depois, não foram punidos pela justiça os responsáveis por planejar e executar a chacina, tampouco foram punidos os torturadores e assassinos envolvidos no episódio e nos fatos posteriores.

Aliás, não houve punição para nenhum dos golpistas responsáveis pela ditadura militar iniciada em abril de 1964.

Mas este dia haverá de chegar.

Nossa homenagem a militância que lutou contra a ditadura.

Honremos sua memória continuando na luta por um Brasil soberano, democrático e socialista.

Maiores informações sobre a “chacina da Lapa” estão disponiveis no endereço abaixo:

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