Reconexão Periferias: Vamos à luta com as juventudes!
O mês de agosto celebra duas datas significativas para os movimentos e coletivos populares: o dia do estudante, em 11 de agosto, e o dia da juventude, 12 de agosto. A edição de agosto da Revista Reconexão Periferias aponta que a mudança que queremos e precisamos construir nos rumos do nosso país passa necessariamente por reconhecer o papel central que as lutas juvenis cumprem no presente, de resistência e de despertar de consciência dos e das jovens de todos os cantos de nosso país. É com essa juventude diversa, aguerrida e potente que nós seguimos na luta.
A entrevista do mês é com Taily Terena, jovem indígena, que faz emocionante relato sobre as lutas da juventude indígena no Brasil hoje, afirmando que esta vai muito além do direito à terra, passando principalmente pelo direito de serem livremente quem são, de poderem estar presentes na sociedade como quiserem estar, com garantia de voz própria e diversidade.
Reafirmando a diversidade das pautas juvenis, temos o artigo do coletivo Lumyjacarê Junsara, que relata o processo de realização de oficinas sobre saúde e juventude de terreiro, com olhar privilegiado para a juventude periférica, e, nesse território, os jovens LGBTQIA+, ressaltando a importância dessas atividades para a construção do bem viver, para a troca de saberes e para a construção de novas lideranças.
Na questão cultural, Sofia Toledo e Victoria Braga apresentam em artigo um debate sobre o funk e a criminalização de um estilo musical e movimento cultural periférico, apesar de seu crescente público para além das periferias.
Ainda na mesma agenda, mas tratando de hiphop, Jorge Cristiano de Oliveira, produtor cultural e coordenador área de danças urbanas do Fórum Permanente de Hip Hop do RS fala da importância do registro do movimento como patrimônio Cultural Imaterial de Porto Alegre e como essa medida poderá beneficiar os jovens das comunidades.
Em luta contra as elites acadêmicas, Gabriella Augusta Proença e Píi – Diego Gonçalves, moradores do Conjunto Residencial da USP, trazem para a pauta a importância e as dificuldades da permanência estudantil na produção de conhecimento das universidades públicas brasileiras.
O coletivo apresentado no Perfil do mês é o Ponta de Lança, composto por jovens mulheres negras de Manaus (AM), que tem por objetivo formar comunicadoras/es para disputar a opinião pública.