1. 500 mil vidas ceifadas pela Covid-19. Nossa solidariedade às 500 mil famílias que perderam seus entes queridos. É a escalada de uma verdadeira tragédia humanitária. Quando lançamos nosso primeiro manifesto, em agosto do ano passado, o número de mortes por Covid-19 havia ultrapassado os 100 mil; em janeiro deste ano, divulgamos o segundo manifesto, quando o país acabava de superar 200 mil mortes; quando do manifesto de março, havia passado a marca dos 300 mil óbitos.

  2. O professor e médico Pedro Halal, ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas, que coordena uma pesquisa nacional sobre Covid-19, constatou que 400 mil vidas teriam sido salvas se o presidente Bolsonaro houvesse adotado o comportamento médio dos governos dos demais países e não tivesse enveredado conscientemente por um caminho que nega a ciência, a vacina e, por isso mesmo, além de estimular a transgressão das normas sanitárias, deixou de adquirir as vacinas na hora certa.

  3. Para quem ainda tinha alguma dúvida, os depoimentos na CPI da Pandemia do Senado Federal estão se encarregando de trazer à luz a verdade sobre essa tragédia. O presidente, conscientemente, retardou a compra de vacinas, alegando que se devia estimular a “imunidade de rebanho”; na verdade, o objetivo tem sido fomentar a criação de um clima de caos para favorecer sua escalada golpista.

  4. Em todos aqueles manifestos, propusemos medidas sanitárias e econômicas para preservar vidas e manter a economia funcionando – principalmente, a vacinação e o auxílio emergencial de R$ 600. O governo Bolsonaro ou sabotou abertamente ou adotou com atraso essas medidas, além de suspender e depois reduzir o auxílio no pior momento da pandemia.

  5. É um dia de luto. Mas também de luta. O povo volta a ocupar as ruas. Em duas grandes manifestações contra Bolsonaro, uma no dia 29 de maio e outra em 19 de junho, reivindica vacina para todos e todas e a volta do auxílio emergencial de R$ 600, além do brado “Fora Bolsonaro”.

  6. As Fundações partidárias abaixo assinadas conclamam àqueles que têm compromisso com a vida: os partidos políticos, os movimentos organizados da sociedade, os governadores, prefeitos, parlamentares, cientistas, intelectuais, trabalhadores, empresários, igrejas, mulheres, professores, estudantes, enfim, a sociedade organizada, a se unirem para barrar essa tragédia e esse genocida e assim iniciar um período de reconstrução nacional.

Fundação Astrojildo Pereira

Fundação João Mangabeira

Fundação Lauro Campos Marielle Franco

Fundação Leonel Brizola Alberto Pasqualini

Fundação Maurício Grabois

Fundação da Ordem Social

Fundação Perseu Abramo

Fundação Rede Brasil Sustentável

Fundação Verde Hebert Daniel

Instituto Claudio Campos

 São Paulo, 19 de junho de 2021.

 

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