Quem mandou matar Marielle Franco? Três anos de impunidade
No mês marcado internacionalmente pela luta das mulheres, o Brasil continua a cobrar resposta e justiça pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, em 14 de março de 2018.
A violência política contra as mulheres fragiliza e compromete a democracia. A ausência de respostas ao crime que chocou o Brasil e ceifou a vida da quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, que era uma das vozes mais potentes no combate às milícias, na defesa dos direitos da população LGBTQI+, das mulheres e das pessoas moradoras de favelas, representa a continuidade da agressão endereçada a todas as mulheres.
Hoje é dia de reforçar mais uma vez a luta por justiça e pela responsabilização dos assassinos e dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A misoginia e o machismo recrudesceram após a ascensão da extrema direita ao poder em 2018. A luta das mulheres pela ocupação dos espaços políticos enfrentou a violência ostensiva, e Marielle Franco foi impulso para muitas lutadoras se insurgirem, resistindo aos tempos obscuros que enfrentamos.
Nos solidarizamos com cada mulher agredida no exercício da cidadania e dos direitos políticos e assumimos o compromisso em continuar a luta contra a violência política no Brasil.
Diretoria da Fundação Perseu Abramo