O PT e a Fundação Perseu Abramo divulgam nesta segunda-feira, dia 1º de março, 11 propostas emergenciais para ajudar estados e municípios a enfrentarem a pandemia de Covid-19 e o momento crítico que se aproxima do que as entidades classificam como colapso (clique para acessar o documento).

As propostas são apresentadas em função da “incúria” do governo federal. No entanto, PT e Perseu Abramo, ao proporem apoio aos entes subnacionais para enfrentamento da crise, afirmam que a União não deve ser poupada das responsabilidades com a simples transferência de tarefas para estados e municípios.

São 11 propostas emergenciais, que se somam às já apresentadas pelo Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, elaborado por centenas de colaboradores da Fundação Perseu Abramo. A vertiginosa aceleração dos casos de contaminação e mortes pela Covid-19, somada à crescente paralisia do governo Bolsonaro, levou à elaboração do manifesto apresentado hoje.

O presidente da Fundação, o economista e ex-ministro da Educação e da Ciência e Tecnologia. Aloizio Mercadante, comenta: “Neste momento, identificamos um agravamento dramático na trajetória de contaminação e óbitos decorrente da pandemia da Covid-19. O desgoverno, o negacionismo e a omissão do governo Bolsonaro está conduzindo municípios e regiões do país para uma tragédia, com o colapso do SUS e da rede de saúde. Por isto estamos apresentando estas medidas emergenciais, que articulam todas as instâncias federativas, para uma mobilização articulada e urgente no enfrentamento deste novo patamar da crise sanitária, econômica e social. Não temos mais tempo para tomar medidas preventivas e de fortalecimento do SUS, capazes de salvar milhares de vidas que estarão ameaçadas e sem condições de recorrer aos recursos hospitalares. A defesa da vida do povo brasileiro é o que continua nos movendo”.

O médico Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde, afirma que as novas propostas contidas neste manifesto são urgentes. “O Brasil vive uma tragédia sem precedentes (mais de 250 mil mortos pela Covid-19), fruto da postura negacionista, da falta de empatia e do descaso, que beira ao escárnio, do presidente Bolsonaro. A incapacidade do governo para coordenar o sistema nacional de saúde e produzir respostas sanitárias baseadas em evidências cientificas, alinhadas com as práticas de gestão da saúde recomendadas pela OMS e pelos especialistas em saúde pública, exigem que o PT e a Fundação Perseu Abramo, coerentes com seu compromisso histórico em defesa da vida e do SUS, apresentem propostas concretas para sairmos com urgência da crise”, disse Chioro.

Para o economista Guilherme Mello, é preciso ter radicalidade neste momento. “A urgência da crise não permite meias medidas. É fundamental articular ações na área de saúde, economia e assistência social para enfrentar esse momento crítico da nação. A FPA e o PT através dos NAPPs procuraram construir oq o governo tem se mostrado incapaz de fazer: um plano de ação concreto e articulado contra a pandemia e seus diversos efeitos. O que nos orienta são a defesa da vida e da cidadania de cada brasileiro e brasileira”, afirma o professor da Unicamp.

Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP), cujo enfrentamento da pandemia tem se diferenciado substancialmente da linha adotada pelo governo federal, também comenta: “Em um momento de tamanha dramaticidade termos o PT, e sua Fundação, a Perseu Abramo, com capacidade de elaboração, e de construção de ações eficazes, fará a diferença para o povo brasileiro. Temos que defender o SUS como instrumento da equidade nas políticas públicas, temos nos inspirar no legado de Dilma e Lula, na defesa da justiça e da vida”, disse.

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