A tvPT debate nesta quarta-feira, a partir das 19h, os desafios da educação em meio à pandemia de Covid-19 e após mais de um ano de ataques do governo Bolsonaro. Para debater o tema, foram convidadas a supervisora escolar do município de São Paulo Marcia Jelen de Castro e a deputada estadual Teresa Leitão (PT-PE). O programa é transmitido no canal do Youtube do PT e na página do Partido no Facebook.

Desde que tomou posse, o governo federal notabilizou-se por cortes de bolsas, em especial no Nordeste, intervenções sobre a autonomia universitária, ataques às ações afirmativas para inclusão de pessoas negras no ensino superior e na pós-graduação e toda sorte de medidas que estrangulam a educação superior pública e de qualidade no Brasil.

Na última sexta-feira, Bolsonaro nomeou o pastor Milton Ribeiro para comandar o Ministério da Educação em meio à pandemia do novo coronavírus, com escolas fechadas e depois que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 precisou ser remarcado para o início de 2021. Além disso, a renovação do Fundeb, fundo que é o principal mecanismo de financiamento da educação básica, atualmente empacado na Câmara dos Deputados, está na alçada do novo ministro.

Ribeiro é o quarto nome indicado por Bolsonaro para ocupar o Ministério da Educação. O primeiro nome a ocupar o MEC, Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido após pedir que escolas filmassem alunos cantando o hino nacional e entoassem o lema do atual governo. Assim como Vélez, o ex-ministro Weintraub era uma das figuras mais contestadas do primeiro escalão do governo federal, mas agradava aos setores mais radicais dos apoiadores do presidente, incluindo seus filhos.

Sua situação ficou insustentável a partir de maio de 2020, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello divulgou a íntegra de uma reunião ministerial ocorrida no Planalto no mês anterior na qual Weintraub chama os integrantes do Supremo de “vagabundos” e defende mandá-los para a prisão.

Após a saída de Weintraub, Bolsonaro escolheu Carlos Decotelli para o cargo. O novo ministro, apoiado pela ala militar, acabou barrado porque fraudou seu currículo, com um doutorado inexistente. O caso de Decotelli, que é negro, acabou despertando um debate sobre racismo, pois Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente, também tiveram currículos contestados e mantiveram o cargo.

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