A morte do economista Carlos Lessa, vítima da Covid-19 no Rio de Janeiro, é uma perda irreparável para o Brasil. Convivi com Lessa na Unicamp, onde ele foi meu professor na pós-graduação, e no período em que ele esteve como presidente do BNDES, durante o governo Lula, tendo sido indicado pelos economistas Celso Furtado e Maria da Conceição Tavares.

Acadêmico que era, Lessa deixa uma história de defesa do desenvolvimentismo, tendo ajudado a fundar o Instituto de Economia da Unicamp, e de respeito à democracia, tendo sido exilado no Chile após o golpe militar de 64. Merece menção também sua trajetória acadêmica como professor no Instituto Rio Branco do Itamaraty e com reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Deixo minha solidariedade e sentimento de pesar aos filhos, netos, amigos e outros familiares de Lessa.

Aloizo Mercadante, ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo.

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