A dura realidade da vida de enfermeira antes e durante a pandemia
A ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiram 12 de maio como Dia Internacional da Enfermagem, homenageando essa categoria profissional na figura de Florence Nightingale, enfermeira inglesa nascida nesta data, em 1820, que se destacou por episódios de bravura, desprendimento e amor ao próximo em momentos como a Guerra da Crimeia (1853-1856).
São milhões como ela neste momento, ao redor do mundo, em meio a um dos maiores desafios da saúde pública em todos os tempos. Enfermeiros e enfermeiras, auxiliares e técnicos, todos envolvidos na luta contra a Covid-19.
Como é a vida dessas pessoas no Brasil? Qual a realidade salarial e de condições de trabalho, antes mesmo da pandemia? O que é preciso fazer para ajudá-las, já que bater palmas nas janelas não é suficiente?
Para falar deste tema, a tvPT de 12 de maio, a partir das 11 horas, recebe Dayse Amarilio, presidenta do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, Francisca Valda, presidenta da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), o senador Paulo Paim (PT-RS), e Solange Caetano, presidenta do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo.
Um pouco do que acontece com a enfermagem brasileira já é sabido. A imensa maioria – 85%, segundo a Aben – é composta por mulheres. Grande parte mães de família e provedoras do lar, condição que lhes impõe jornada dupla, quando não tripla, já que muitas precisam ter mais de um emprego para poder se sustentar.
Como já demonstrado na tvPT e em outras reportagens, a categoria, assim como todos os profissionais de saúde, tem lidado nesta pandemia com uma inaceitável carência de equipamento de proteção individual, treinamento inadequado e exaustivas jornadas de trabalho.
Nem por isso o cenário se mostra capaz de sensibilizar todos quanto à importância do fortalecimento e adequado financiamento das políticas públicas de saúde. O Brasil é capaz de produzir cenas bizarras como as presenciadas no último dia 1º de Maio, quando enfermeiras e enfermeiros foram atacados com violência por militantes bolsonaristas durante ato pacífico na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Dayse, uma das convidadas do programa de hoje, esteve lá.
Ironia do destino, tanto ONU quanto OMS elegeram o ano de 2020 como o Ano da Enfermagem, sem supor que uma pandemia estava a caminho.