A violência doméstica nunca foi novidade na vida das mulheres brasileiras. Antes da pandemia do Covid-19 o número de feminicídios já crescia absurdamente. Para abordar esse aspecto da coronacrise, a TV PT vai debater, no dia 16 de abril, às 11h, com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e com a economista Ana Luiza Matos Oliveira.

Com o isolamento imposto como forma de conter a contaminação e diminuir o impacto nas redes pública e privada de saúde, as situações de violência explodiram nos lares do país.

De acordo com dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, as queixas por telefone aumentaram quase 20% nos nove dias seguintes à data em que o confinamento entrou em vigor. Segundo dados do Ministério Público, o aumento foi de 30% no estado de São Paulo e de 50% no Rio de Janeiro.

Na próxima semana deverá ser votado na Câmara dos Deputados o projeto da deputada, na tentativa de assegurar “medidas de combate e prevenção à violência doméstica previstas na Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha – e no Código Penal durante a vigência da Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020 ou durante a declaração de estado de emergência de caráter humanitário e sanitário em território nacional”.

Segundo o texto do projeto, “no Brasil, embora não haja estatísticas oficiais, a cada quatro minutos ocorre uma violência contra uma mulher (FSP, 09/09/2019), 145 mil casos foram registrados pelo Ministério da Saúde. E uma a cada quatro mulheres já foi vítima de violência, segundo notícia do mesmo jornal”.

A economista Ana Luiza, em artigo recente, “Quarentena em casa com o agressor”, alerta “que o aumento da violência doméstica já foi identificado em vários países”. E no Brasil não está sendo diferente.

Um problema que já era real e crescente tem ampliado possibilidades de matar tanto quanto o vírus que combatemos. E por isso está na pauta da TV PT.

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